Depois de desacelerar no fechamento de julho, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) voltou a ganhar força e subiu 0,54% na primeira quadrissemana de agosto, informou nesta segunda-feira, 10, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou 0,05 ponto porcentual acima da divulgação anterior, quando o índice havia marcado inflação de 0,49%.
A aceleração do IPC-S foi puxada por quatro das oito classes de despesas que compõem o índice. A maior contribuição partiu do grupo Alimentação (0,13% para 0,36%), pressionado pela aceleração das hortaliças e legumes (-11,9% para -10,29%).
Também houve aceleração nas taxas de Vestuário (-0,45% para -0,18%), com calçados (-0,14% para 0,58%); Comunicação (0,54% para 0,73%), puxado por combo de telefonia, internet e TV por assinatura (1,10% para 1,37%); e Despesas Diversas (0,22% para 0,31%), com conserto de aparelho telefônico celular (0,28% para 1,64%).
Em contrapartida, tiveram alívio nas taxas Saúde e Cuidados Pessoais (0,58% para 0,52%), com medicamentos em geral (0,89% para 0,58%); Habitação (0,79% para 0,76%), com aparelho de TV (1,29% para 0,83%); e Transportes (1,22% para 1,19%), devido a aluguel de veículos (1,76% para 0,35%).
O grupo Educação, Leitura e Recreação repetiu a queda de 0,6% observada na semana anterior. A taxa foi resultado de aceleração nos cursos formais (-1,54% para -0,97%), por um lado, e do alívio em passagem aérea (2,74% para -0,84%), por outro.
Influências individuais
As principais pressões para cima sobre o IPC-S partiram da gasolina (3,67% para 3,65%), tarifa de eletricidade residencial (2,32% para 2,19%), leite tipo longa vida (4,76% para 4,85%) e plano e seguro de saúde (0,59% para 0,6%), além do combo de telefonia, internet e TV por assinatura.
Para baixo, pressionaram o índice a batata inglesa (-23,0% para -23,46%), tomate (-17,96% para -14,01%), curso de ensino superior (-2,17% para -1,37%), cebola (-6,0% para -6,3%) e curso de ensino fundamental (-1,29% para -0,88%).