Sete em cada dez brasileiros tem medo de perder o emprego

por Renata Nicolli Nasrala
com informações da Agência Brasil
Publicado em 16 jul 2020, às 07h25. Atualizado às 07h36.

O medo de perder o emprego assombra sete em cada dez brasileiros trabalhadores formais e informais, o equivalente a 71%. Os dados são da pesquisa de opinião realizada para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizada entre 10 e 13 de julho em todas as unidades da Federação.

Além do medo de perder o emprego, a mesma proporção informa ter reduzido os gastos mensais desde o início da pandemia do coronavírus.

Medo de perder o emprego, redução de gastos, auxílio emergencial e dívidas

De acordo com nota da CNI, “o nível reduzido de consumo tende a ser mantido mesmo após o fim do isolamento social”.

Ainda conforme a pesquisa, a maioria acredita que vai manter o atual patamar de consumo entre 15 tipos de produtos industrializados – desde itens como roupas, produtos de higiene pessoal até bebidas alcoólicas, eletrodomésticos e eletroeletrônicos.

“Os itens que mais devem ter crescimento de consumo no pós-isolamento são as roupas. Mesmo assim, apenas 21% dos entrevistados afirmaram que pretendem ampliar o consumo desses produtos”, diz a nota da confederação.

A pesquisa também verificou que para 67% a recuperação da economia ainda não começou – sendo que 61% calcula que ela vai demorar pelo menos um ano.

Três em cada dez pessoas ouvidas (31%) disseram que perderam parte ou a renda integral antes da covid-19.

O levantamento ainda verificou que o medo de ser infectado pelo novo coronavírus alcança 47% das pessoas entrevistadas, seis pontos percentuais a menos do que em maio.

A redução do temor não fez ceder o amplo apoio às medidas de isolamento social (84%).

“As pessoas que saem apenas para ações essenciais aumentou de 58% para 67% entre maio e julho”.

Nesse período, houve recuo de oito pontos percentuais na proporção de pessoas endividadas, de 53% para 45%.

A maioria (62%) que se diz endividada afirma que vai conseguir quitar os compromissos em 30 dias.

Por fim, um terço dos entrevistados pediu e está recebendo auxílio emergencial. Entre esses, 57% usaram o dinheiro para fazer compras e 35% aproveitaram o valor para pagar dívidas.