Petrobras acompanha petróleo 'minuto a minuto' após invasão à Ucrânia, diz CEO

Publicado em 24 fev 2022, às 13h40. Atualizado às 13h49.

RIO DE JANEIRO (Reuters) – A Petrobras avaliará os impactos da alta volatilidade dos preços do petróleo no mercado internacional, após o ataque feito pela Rússia à Ucrânia, antes de tomar qualquer decisão sobre os preços, disse o diretor-executivo de Comercialização e Logística, Cláudio Mastella.

“Não tenho uma resposta fácil nem simples neste momento, o fato é que devemos continuar observando o mercado por mais algum tempo e observando em paralelo a evolução do câmbio no Brasil”, disse o executivo.

Ele comentou que uma desvalorização do dólar frente ao real tem permitido que a empresa mantenha, desde 12 de janeiro, os valores médios de gasolina e diesel inalterados em suas refinarias, apesar de um avanço das cotações do barril do petróleo no exterior.

“Com relação a defasagem… em função de diversas tensões geopolíticas, a gente tem observado elevação dos preços nas ultimas semanas e, em paralelo o dólar foi desvalorizando. Com esses dois movimentos, em contraposição, a gente pôde manter nossos preços”,

afirmou.

O petróleo Brent superou a marca de 100 dólares o barril pela primeira vez desde 2014 nesta quinta-feira (24), após a Rússia avançar na Ucrânia.

“No momento atual, hoje em particular, naturalmente trouxe uma volatilidade muito mais elevada para os mercados, que a gente ainda está observando”,

ponderou.

Mastella frisou ainda que a empresa segue praticando preços que a gente julga competitivos em equilíbrio com o mercado internacional, mas evitando repassar volatilidades.

“Esse equilíbrio entre preço interno e preço internacional é o que garante atendimento a mercado interno em bases econômicas, sem risco de desabastecimento, pelos diversos atores”, frisou.

(Por Marta Nogueira; edição de Roberto Samora)