Preço do gás pode não ser reduzido para o consumidor final

por Jonathas Bertaze
com supervisão de Giselle Ulbrich
Publicado em 23 set 2022, às 21h49. Atualizado às 21h50.

A redução no preço do gás de cozinha (GLP) para as distribuidoras, anunciada pela Petrobrás na quinta-feira (22), pode não chegar para o consumidor final. Isto porque os revendedores de gás já anunciaram que precisam reajustar os salários dos funcionários, o que pode “comer” boa parte da redução.

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A Petrobrás informou que, para as distribuidoras, reduziu o preço de R$ 4,0265 para R$ 3,7842 por quilo. A redução de 6% equivale a uma diminuição média de R$ 3,15 para cada botijão de 13 quilos, que passará a ser vendido às distribuidoras por R$ 49,19.

Mas, conforme o sindicato que representa os revendedores de gás no Paraná, o ajuste auxiliará no reajustar de salários dos funcionários.

Quem também vai aproveitar a redução para recompor os custos do seu estabilecimento é o João Cavalheiro, dono de um restaurante em Curitiba. Ele disse que também não pretende abaixar o preço da refeição, pelos altos custos em seu estabelecimento.

“Hoje, em média por semana de gás, gastamos entre R$ 1.800 e R$ 2.000. Antes a média era de R$ 800 e R$ 900”, relata o empresário, que pretende usar a redução para aliviar os custos de vários outros produtos que subiram.

Mas não vai reduzir em nada?

Mas nem toda a chance de redução está perdida. De acordo com Daniel Barbosa, proprietário de uma distribuidora de gás, a tendência é diminuir as vendas de gás no verão. E quando a demanda diminui, os preços reduzem para atrair o consumidor.

“Daqui para a frente, no verão, quando esquenta o tempo as vendas caem. Não tem o que fazer, porque o gás começa a render mais no botijão, reduz o consumo, as pessoas compram menos”, diz.

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