Por Jessica Resnick-Ault
NOVA YORK (Reuters) – Os preços do petróleo subiram nesta quinta-feira, com o Brent atingindo sua máxima em mais de dois meses, apoiado pela crescente demanda de combustível e uma queda nos estoques de petróleo dos EUA, uma vez que a produção permaneceu prejudicada no Golfo do México após dois furacões.
As preocupações com a oferta fizeram com que os fundos assumissem posições mais longas, disseram analistas.
O Brent fechou em alta de 1,06 dólar, ou 1,4%, em 77,25 dólares o barril, a máxima desde meados de julho. O petróleo dos EUA (WTI) avançou 1,07 dólar, ou 1,5%, para 73,30 dólares o barril.
“A realidade está se estabelecendo – há mais conversas sobre a redução dos estoques globais e há preocupações sobre os problemas de abastecimento que estão chegando ao inverno (do Hemisfério Norte)”, disse Phil Flynn, analista sênior do Price Futures Group em Chicago. Um apoio adicional pode vir à medida que a Casa Branca assumir uma posição mais dura em relação ao Irã, disse ele.
Na quarta-feira, ambos os contratos saltaram 2,5% depois que a Administração de Informação de Energia dos EUA disse que os estoques de petróleo do país na semana de 17 de setembro caíram 3,5 milhões de barris para 414 milhões – a mínima desde outubro de 2018.[EIA/S]
Também apoiando os preços, alguns membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados têm tentado com dificuldades aumentar a produção após anos de subinvestimento ou atrasos no trabalho de manutenção durante a pandemia.
Na quarta-feira, o ministro do petróleo do Iraque disse que a Opep+ estava trabalhando para manter o petróleo perto de 70 dólares por barril, enquanto a economia global se recupera. O grupo se reunirá no dia 4 de outubro.
(Por Jessica Resnick-Ault em Nova York e Bozorgmehr Sharafedin em Londres, reportagem adicional de Sonali Paul em Melbourne e Koustav Samanta em Cingapura)