Reforma tributária: indústria está apreensiva com proposta de regulamentação

De acordo com o coordenador jurídico da Associação Comercial do Paraná (ACP), a instituição está preocupada com a reforma tributária

Publicado em 17 jul 2024, às 17h19.
POST 7 DE 13

Uma pesquisa divulgada pela Federação do Comércio do Paraná aponta que apesar das perspectivas positivas, os empresários do estado estão apreensivos em relação a alguns pontos da reforma tributária, como a alta carga de impostos. A proposta está em discussão no Congresso Nacional. 

Reforma tributária: indústria está apreensiva sobre proposta de regulamentação
Empresários do estado estão apreensivos em relação a alguns pontos da reforma tributária (Foto: Aen)

Leia mais:

Pela proposta, as empresas de bens e serviços vão precisar se adaptar ao novo sistema, conviver com o regime antigo e ainda dar conta do planejamento tributário, avaliando inclusive se o simples nacional será vantajoso. 

Ao todo, 20 milhões de micro e pequenas empresas estão neste regime tributário e representam 70% dos empregos no país. Profissionais liberais como engenheiros, contadores e advogados que atuam com as mudanças. 

De acordo com o coordenador jurídico da Associação Comercial do Paraná (ACP), Eduardo Stremel, a instituição está preocupada com a reforma tributária e não vê a aprovação de forma positiva. 

“A principal questão é que a simplificação, que era a base que se buscava com a implantação tributária, não vai acontecer. Se permanecer da forma como está definida o simples nacional, a tendência do empresariado é sair do simples para o modelo híbrido. Com isso, o concorrente dele terá um a mais em relação a quem estiver no simples e tira a competitividade do pequeno empresário”. 

Além disso, Stremel alega que a associação está lutando para que haja alterações no simples nacional, para dar um respiro aos empreendedores. 

Para o superintendente de economia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mário Sérgio Telles, a reforma é um avanço significativo para o país e que o tratamento para o simples está adequado à emenda constitucional.

“A empresa tem direito de permanecer no Simples e não muda nada para ela. As empresas que vendem para outras empresas muito provavelmente vão migrar e pagar o IBS e SBS foram do simples, permanecendo no simples pagando imposto de renda e contribuição social”, defendeu.

Telles defendeu também que a CNI está convicta de que “teremos um sistema tributário bem mais simples que o atual”, afirmou.

Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui