Matrículas no ensino superior a distância aumentam 45% de 2016 a 2018

por Renata Nicolli Nasrala
com informações da Agência Brasil
Publicado em 2 jun 2020, às 07h50. Atualizado às 07h53.

O número de matrículas no ensino a distância em instituições de ensino superior público aumentou 45% entre 2016 e 2018.

A taxa de matrícula alcançou 173 mil estudantes, conforme informações do Censo da Educação Superior de 2018. 

Matrículas no ensino superior a distância: aumento ocorre depois de anos de queda constante

Os dados foram levantados pela plataforma interativa Quero Bolsa, criada para estudantes buscarem auxílio e descontos para inscrição em faculdades particulares.

De acordo com o levanramento, o aumento de matrículas no ensino superior a distância ocorre depois de anos consecutivos de queda constante.

Em 2010, o número de estudantes matriculados no ensino público a distância era de 182 mil, representando queda de 34%. 

Além disso, São Paulo é o estado com maior número de matriculados, com mais de 42 mil alunos, seguido do Rio de Janeiro, com 35.226.

Em terceiro lugar vem o Piauí, com 11.928, e o Paraná, com 10.349. O quinto lugar ficou para o Maranhão, com 8.306 estudantes matriculados.

Em último lugar está Brasília, com apenas quatro matrículas.

Curso de pedagogia tem mais matriculados

Conforme os dados divulgados, o curso com maior número de matriculados é o de pedagogia, com 37.475 alunos.

Além disso, também se destacam engenharias e cursos de formação de professores.

  • Pedagogia – 37.475
  • Professor em matemática – 16.570
  • Administração pública – 13.286
  • Engenharia de produção – 11.582
  • Professor em letras/português – 10.014
  • Professor em biologia – 9.136
  • Engenharia de computação – 7.599
  • Administração – 7.469
  • Professor em geografia – 6.752
  • Professor em história – 5.037. 

Sisu

A partir do segundo semestre de 2020, o Sistema de Seleção Unificada – Sisu também disponibilizará vagas de cursos a distância em instituições públicas de ensino superior com base nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).  

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), as instituições de ensino superior deverão oferecer um meio digital para que o estudante entregue a documentação necessária à matrícula.

As instituições devem publicar na internet a lista de espera por curso, turno e modalidade de concorrência, assim como a sistemática adotada para convocação dos candidatos.

Apesar da nova oferta no Sisu, um em cada três estudantes (33,5%) que tentaram vaga no curso superior, nos últimos cinco anos, por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), não tem acesso à internet e a dispositivos como computador ou celular, que permitam, por exemplo, aprender por meio da educação a distância.

Segundo análise dos dados colhidos nas respostas do questionário socioeconômico aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), na inscrição para o Enem nos últimos cinco anos, 65,9% dos egressos desse nível de ensino declararam acessar internet e celular; 61,9% tinham computador e celular; e 54,81% tinham os dois dispositivos e acessavam a rede mundial de computadores.

Por fim, quase 98% declararam ter celular. Os dados também foram compilados pela plataforma Quero Bolsa.