UFPR responde à Justiça sobre erro em lista de aprovados no vestibular
Após um grupo de estudantes que foram aprovados no vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e, um dia depois, “desaprovados“, entrarem na Justiça Federal contra a instituição, a UFPR se manifestou judicialmente, pela primeira vez, nesta sexta-feira (10). O prazo final de resposta era no dia 14 de setembro, mas a universidade já prestou informações para a Justiça sobre o andamento das investigações e apurações internas.
De acordo com o advogado Ramon Bentivenha, que representa um grupo de sete estudantes, candidatos para vagas em Medicina, a universidade admitiu que existem vagas, mas que elas são destinadas ao ingresso via Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
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“Isso muda um pouco o discurso oficial da Universidade, que defendia que não existiam vagas disponíveis. Além disso, mencionam que a sindicância apura o responsável e não a extensão dos erros. Nessa parte final tenho certa discordância, pois não há como presumir que outros erros não aconteceram. Só saberemos após as investigações, que deverá ouvir todos os envolvidos”.
relatou o advogado Ramon.
O prazo para matrícula dos alunos terminou na última quinta-feira (9). Agora, cabe à juíza Vera Lúcia Feil Ponciano, da 6ª Vara Federal de Curitiba, que analisa o caso, determinar quais os próximos passos: “Ela poderá analisar o pedido liminar, poderá determinar a manifestação do Ministério Público, poderá pedir outra diligência, enfim, tem vários caminhos possíveis”, explicou o advogado.
Ao todo, 31 candidatos aprovados nos cursos de Medicina, Direito, Odontologia, Fisioterapia, Biomedicina e Medicina Veterinária foram substituídos por outros nomes. Pelo menos sete estudantes entraram na Justiça e outros preferiram aguardar as chamadas complementares da UFPR para analisarem a necessidade de um processo judicial. Na ação, os candidatos “desaprovados” propõe as medidas abaixo:
- Que o todo o pleito do vestibular UFPR 2020/2021 seja suspenso até que todos os fatos sejam esclarecidos; ou
- Que o pleito dos cursos diretamente afetados sejam suspensos; ou
- Que os estudantes da ação sejam registrados academicamente na UFPR; ou
- Que a UFPR garanta e reserve a vaga dos candidatos, com direito ao início das aulas, enquanto perdurar o processo de investigação interna.