Quarenta e seis obras, 26 delas tridimensionais, além de desenhos e estudos, compõem a exposição “Percurso escultórico”, de Sergio Camargo (1930-1990). A mostra será inaugurada dia 12 de abril, a partir das 19 horas, com entrada franca, no Museu Oscar Niemeyer (MON). A curadoria é de Paulo Venancio Filho.
Camargo foi um dos mais premiados escultores brasileiros. Durante décadas de intensa atividade, submeteu a sua produção a júris, em salões e bienais, e foi reconhecido – no Brasil e no exterior. Participou da 4ª Bienal de São Paulo, em 1957, e do 9º Salão de Arte Moderna, em 1960. Realizou exposições na Itália, Venezuela, Nova York, Alemanha, França e outros países.
Nesta exposição, que segue até 29 de julho, será possível acompanhar parte significativa da trajetória do artista. Desde as esculturas da década de 1960, os cilindros inclinados de madeira, passando pela produção dos anos 70, os chamados sólidos móveis em mármore, até as realizações de 1980, período no qual ele utilizou um tipo especial de mármore duro, o Negro-Belga.
A diretora do Museu Oscar Niemeyer, Estela Sandrini, destaca, entre as obras da exposição, Homenagem a Brancusi. “É uma peça de 1968, que Camargo fez em homenagem ao romeno Constantin Brancusi, pioneiro da escultura abstrata. Camargo conviveu com Brancusi, e essa obra revela a admiração de um artista por outro. É um diálogo entre dois olhares”, diz Estela.