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Distimia: Conheça os sintomas do transtorno que é confundido com mau humor e depressão

Sabe aquela pessoa que parece estar sempre desanimada? Que dificilmente é vista alegre e cantarolando as coisas boas da vida? Se você já pensou em alguém mal-humorado ou ranzinza pode começar a rever os seus conceitos. O Transtorno Distímico tem, resumidamente, esta descrição. Distimia pode ser percebida em pessoas que possuem um humor deprimido, que tendem a serem mais desanimadas e mais difíceis de agradar do que outras pessoas. Também críticas e com tendência a ver o mundo por um ângulo negativo. Quem apresenta o transtorno, pode  lidar com as situações do dia a dia, trabalhar, estudar. Mas com reclamações e percebendo dificuldades para encontrar motivação para encarar a rotina com prazer e leveza. Quem sofre de Distimia sente-se mal uma grande parte do tempo e apresenta uma tendência à parecer ter baixa autoestima, confia pouco em si e nos outros. Reforça o olhar nas dificuldades e no que deu errado, valoriza pouco os acertos e tende a não comemorar as próprias conquistas. Também relata uma grande sensação de “vazio” que não consegue ser preenchido com nada. Em um momento sente-se melhor e logo em seguida já está chateado novamente. A sensação de desânimo pode durar anos. O diagnóstico nem sempre é fácil. Já que os sintomas podem ser confundidos com o de outros transtornos, como o Transtorno Depressivo ou o Transtorno Bipolar, e em casos mais leves parece somente uma forma de olhar o “copo meio vazio”. Para que o diagnóstico seja feito corretamente é preciso que o paciente tenha uma boa percepção sobre si mesmo e suas variações de humor, bem como da intensidade delas. Por isso, para facilitar o diagnóstico, é recomendável que fique atento ao seu humor, variações e intensidades e, se possível, faça anotações sobre as condições de humor que considerar mais importantes. Esse será um ponto determinante no momento do diagnóstico. Distimia tem tratamento: O tratamento é feito com Psicoterapia e medicação – receitada pelo médico Psiquiatra. Não existe um tempo mínimo ou máximo para os cuidados, os casos variam de acordo com a intensidade e a resposta do paciente aos procedimentos. Com o tratamento, o esperado é que a pessoa consiga sair da fase deprimida e possa encarar as coisas com uma carga menor de tristeza e sofrimento. Existem impactos na vida pessoal, nos relacionamentos amorosos, no convívio familiar e até mesmo no trabalho. A dificuldade maior é que um grande número de pessoas sente-se incomodado com o constante humor deprimido do distímico. Conflitos, diminuição da convivência e isolamento costumam ser comuns. É completamente normal sentir-se triste em algum momento da vida. O que diferencia a tristeza comum dos transtornos é o tempo e a intensidade desse sofrimento. Para que você consiga diferenciar é imprescindível o acompanhamento de um profissional qualificado. Simone Steilein Nosima – Psicóloga – CRP: 08/09475