'Só quero que a verdade apareça', diz mãe de bebê que teria sido agredido na RMC
A mãe de um bebê de um ano e sete meses que teria sido agredido em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), disse à RICtv que não quer julgar o padrasto da criança, mas “quer que a verdade apareça”. O homem estava com a vítima em casa, que depois precisou ser levada a uma Unidade Básica de Saúde do munícipio com os dois braços quebrados, marcas de mordidas e aparentes queimaduras. Depois, teve de ser encaminhada ao Hospital do Trabalhador para fazer uma cirurgia no braço.
A jovem de 18 anos também falou que, às vezes, se sente culpada. “O padrasto dele sempre aparentou ser uma boa pessoa. Eu nunca faria uma coisa dessa com meu filho, nem uma palmadinha”, relata.
Segundo a reportagem do Balanço Geral Curitiba, a mulher, que não quis ser identificada e ficou emocionada durante a entrevista, não estava com o bebê no momento em que as supostas agressões aconteceram porque, a noite, precisa ir para a aula. Durante o dia, ele ficava em uma creche, cujos servidores identificaram as marcas e avisaram a mulher na última sexta-feira (11). O padrasto, por sua vez, disse que o menino caiu da cama.
“Conforme eu perguntava, ele sempre falava a mesma coisa, que ele estava no outro quarto jogando e que escutou um barulho. Na hora que ele tirou o fone, escutou o bebê chorando. Falou que ele saiu correndo, foi ver e ele já estava no chão. Mais do que ninguém, eu quero saber o que aconteceu com meu menino”, assegura.
O pai do bebê, que conseguiu a guarda provisória dele, não acredita na versão da queda: “Se ele tivesse caído da cama, ele não ia estar com olho roxo, a bochecha roxa, o ferimento na nuca, embaixo do queixo e os braços quebrados. Não tem como”, afirmou.
“Um roxo, um hematoma não fica visível na hora. Às vezes demora um dia ou dois. No momento em que o padrasto envia a foto, há uma certa marquinha vermelha, mas não estamos falando de hematomas como os que foram vistos posteriormente”, argumenta Fábio de Assis, advogado da mãe.
A conselheira tutelar Juliana Theodoro confirmou que o caso pode se tratar de violência e maus-tratos. Assis contou ao BG Curitiba que um dos braços da criança está luxado e o outro, trincado. A marca no pescoço, conforme ele, não se trata se uma queimadura de cigarro mas, sim, um ferimento por picada de inseto.
“Não quero mais deixar ele com essa mulher. Eu acho que ele não vai ficar seguro com ela”, afirmou o pai.