Raio X: prédios inacabados e crianças sem escola são realidades em Foz do Iguaçu

por Aline Cristina
com informações do Cidade Alerta Oeste
Publicado em 22 fev 2023, às 19h55. Atualizado em: 24 fev 2023 às 09h35.

No início de 2022, dados do Tribunal de Contas do Paraná mostravam 61 obras paradas em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. Estruturas que acompanham gerações e que hoje servem de abrigo para andarilhos e usuários de droga. O Cidade Alerta Oeste traz o comparativo das obras de Foz, na nova série Raio X, o Retorno, que mostra o que mudou no último ano, na cidade da Fronteira.

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Entre as obras paradas de Foz, cinco fazem parte da Operação Pecúlio, uma ação na justiça que investiga irregularidades em licitações realizadas na administração do ex-prefeito, Reni Pereira. Uma delas seria a pista de skate do bairro Morumbi. O tempo passou e o que se vê é mato alto, estrutura abandonada e dinheiro do povo se desgastando. Em nota, a prefeitura afirma que o processo de regularização da área para que a obra seja finalizada está em tramitação.

O maior elefante branco está na entrada da cidade. A construção começou em outro milênio, em 1996 e deveria ser um posto aduaneiro. No ano passado, a prefeitura chegou a discutir sobre a possibilidade do local ser utilizado por empresas do setor privado, mas, nada se concretizou e a previsão de término é indefinida.

Educação

Na educação, descaso que compromete o ensino de crianças da rede municipal. Há duas décadas, estudantes de 6 a 10 anos usam este espaço que fica embaixo da arquibancada do estádio Pedro Basso. As aulas de alfabetização são improvisadas e a educação física é no sol. Há um ano a prefeitura afirmou que já tinha um espaço para a construção que começaria ainda em 2022, mas, até hoje, a discussão continua.

O local escolhido é uma área verde que fica há um quilômetro de onde os alunos estudam hoje, mas há um problema: os moradores da região não concordam com o projeto. Segundo eles, na década de 70, a dona do terreno doou o espaço para a prefeitura com finalidade de ser uma praça pública, não uma escola. Agora, mais de mil e duzentas assinaturas foram feitas em um abaixo assinado para que não fosse construída a escola.

Em 2019, o município reservou R$ 5 milhões e 400 mil para a obra. A secretaria de educação não tem dúvidas de que o terreno que os moradores são contrários é o melhor lugar. Enquanto isso, anos vão se passando, pais e alunos continuam sem uma resposta.