Sem obra, promessa de solução para segurança de Cascavel vira problema social
A terceira reportagem da série, Raio X do Descaso, produzida pela equipe do Cidade Alerta Oeste, da RICtv, mostra as obras que “foram esquecidas” em Cascavel, no Paraná. Na capital do Oeste, tem construção que não começou, o terreno está abandonado e virou um grande problema social. Em outras, o prédio já existe, mas é utilizado para vários atendimentos, menos para o que foi prometido.
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Em 2014 uma ideia começa a sair do papel, a Ala de Queimados. A estrutura com 37 leitos, que deveria ser referência no Oeste do Paraná, foi construída no Hospital Universitário de Cascavel. Mais de R$ 12 milhões foram investidos. A estrutura ficou pronta em cinco anos, era 2019. Nunca recebeu uma vítima de queimadura.
Com a chegada e avanço da pandemia da Covid-19, a área foi transformada em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para pacientes graves da doença. Quase dois anos depois, com a queda no número de casos, outra demanda cresceu. População de volta às ruas, o resultado foi a superlotação nos hospitais para desafogar o atendimento, e novamente a ala de queimados foi readaptada.
2020 O espaço que já foi ocupado por inúmeros estudantes, hoje é tomado por pessoas em situação de rua, a antiga Escola Municipal Gladis Tibola, foi demolida. No lugar, a delegacia cidadã deveria ser construída.
O complexo de segurança promete melhor condição de trabalho e atendimento para população. Com cerca de dois mil metros quadrados e investimento de mais de sete milhões de reais, por enquanto, o prédio é só uma ideia.
O projeto está pronto, mas até agora não foi colocado em prática. No dia 11 deste mês o secretário de segurança pública do Paraná, Rômulo Marinho Soares, esteve em Cascavel e falou que a obra vai sair do papel, mas continua sem prazo definido para entrega do prédio.