Acusados de matar Amanda Albach vão a júri popular

por Valeska Macedo
com supervisão de Giselle Ulbrich
Publicado em 26 ago 2022, às 19h15.

O trio acusado de matar a jovem Amanda Albach, de 21 anos, que era moradora de Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba, vai a júri popular. A decisão foi da 2ª vara de Justiça de Imbituba, no Sul catarinense, onde o crime ocorreu. Apesar da decisão do juiz, a data ainda não foi marcada.

Os três estão presos preventivamente e são acusados pelos crimes de cárcere privado, tortura, homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de ocultação de cadáver.

Desparecimento de Amanda Albach

A última vez que Amanda Albach da Silva foi vista com vida, ela participava de uma festa em Jurerê Internacional, bairro nobre da capital catarinense. Na ocasião, a jovem informou aos seus familiares por telefone que retornaria para o Paraná com um veículo de aplicativo e chegaria durante a madrugada.

Com o passar das horas e a falta de contato de Amanda, familiares registraram o boletim de ocorrência pelo desaparecimento na Delegacia de Fazenda Rio Grande. À polícia, a mãe da garota informou que a jovem relatou que viajaria para aproveitar o Feriadão da Proclamação da República na casa de uma amiga em Santa Catarina e participar da festa.

Quase dez dias após o sumiço, em 23 de novembro, a RICtv conseguiu contato com o casal Daiane e Douglas – agora presos. Eles tinham hospedado Amanda em Santa Catarina e ficaram incomunicável nos dias seguintes ao sumiço da jovem. Na ocasião, Daiane declarou que seu celular havia quebrado e somente por isso ninguém conseguia entrar em contato com ela.

Além disso, Daiane ainda confirmou que esteve com o namorado, um cunhado e Amanda na festa, que todos retornam para casa e no dia 15 pela manhã deixaram a paranaense em uma rua qualquer de Imbituba, onde ela havia marcado para pegar o carro de aplicativo.

Uma outra amiga que encontrou Amanda durante a festa também conversou com a RICtv. Segundo a jovem identificada apenas como Beatriz, a vítima estava se relacionando com o cunhado de Daiane. “A gente não conversou nada profundamente, coisas comuns. Ela estava acompanhada da Daiane, Douglas e o irmão do Douglas, que supostamente estava se relacionando com a Amanda naqueles dias”, contou Beatriz.

Amanda cavou a própria cova

Amanda viu que um de seus amigos, Douglas, portava uma arma. Então tirou foto do objeto e mandou a alguns amigos. Douglas notou a atitude e tomou o celular dela. Começou a ver os contatos no Whats App e os amigos dela já perguntando do que se tratava aquela arma.

Conforme o delegado Bruno Fernandes, de Laguna (SC), Douglas ficou bravo, manteve Amanda por cerca de 12 horas em cárcere privado, na sua casa, até que a levou à praia de Itapirubá, em Imbituba (SC). Com uma pistola calibre 9 milímetros apontada à cabeça, a jovem foi obrigada a cavar a prória cova.

Antes de executá-la, Douglas ainda a fez mandar um áudio para a família, informando que já estava pegando um carro de aplicativo para voltar e que de madrugada já estaria em casa. Em seguida, a executou e a enterrou na areia da praia.

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