Advogado quer transferência de tenente-coronel e nega envolvimento em tentativa de golpe

Jeffrey Chiquini defende que Rodrigo Bezerra seja transferido para Brasília e disse que ele estava com a família no dia dos fatos

Fala, Marc!

por Marc Sousa
colaboração de Guilherme Fortunato
Publicado em 23 nov 2024, às 13h50. Atualizado às 13h52.

O advogado Jeffrey Chiquini afirmou neste sábado (23) que vai pedir a transferência do Tenente-Coronel Rodrigo Bezerra para Brasília. O militar está preso no Rio de Janeiro e é um dos 37 indicados pela Polícia Federal em suposto plano de tentativa de golpe de Estado. A defesa diz que ele estava em um aniversário de família no dia da suposta trama.

Tenente Coronel preso tentativa golpe
Azevedo está preso atualmente no Rio de Janeiro (Foto: divulgação)

Chiquini revelou também que ainda não pediu a liberdade do coronel porque a defesa não teve acesso a todos os elementos do processo.

“Pedimos por enquanto habilitação, cópia e acesso a tudo e a transferência do coronel, porque é direito do preso estar preso próximo à sua família. Então, pedimos já sua transferência por uma questão humanitária para a cidade de Brasília, mas afirmamos que primeiro ponto não existe essa alegada trama de golpe e o coronel não participou de nenhuma tentativa de golpe, isso é um grande factoide. Já estamos reunindo elementos de prova, já temos elementos a demonstrar a fragilidade dessa investigação. O coronel é um militar exemplar, um cara respeitado nas forças armadas como um todo. Foi o zero um da sua turma, zero um em todos os cursos que fez, é uma pessoa que merece respeito e não ser apontado como um criminoso, o que não é”, disse o advogado.

Rodrigo Bezerra deve prestar depoimento na próxima semana na Polícia Federal, por suposto envolvimento em uma trama para matar o presidente Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes.

“No momento oportuno tudo será demonstrado, ainda não fomos intimados para prestar depoimento, mas no momento oportuno que tivermos, sim, tudo será esclarecido. O coronel irá depor, não exercerá o direito ao silêncio porque é inocente. Inclusive, só um detalhe que já antecipo, no dia 15 de dezembro o coronel estava de aniversário, estava reunido com sua família, então não há como dizer ter ele participação naquela data. Afirmo, agora enquanto defesa do coronel, que o que se tem é uma grande armação política de se criar uma narrativa de golpe. Golpe para perseguir opositores, essa é a verdade que será demonstrada e provada, o coronel Azevedo é inocente e merece respeito”, finalizou Chiquini.