Audiências de instrução do caso Ana Paula Campestrini começam nesta segunda (17)
As audiências de instrução sobre a morte de Ana Paula Campestrini estão marcadas para começar nesta segunda-feira (17), em Curitiba. Ana Paula foi assassinada a tiros na frente do condomínio onde morava com a namorada, no bairro Santa Cândida, na capital, no dia 22 de junho. O carro da vítima foi atingido por 14 tiros e o crime foi registrado por câmeras de segurança.
Nesta segunda-feira, a expectativa é de que sejam ouvidas apenas as testemunhas de acusação. Os dois suspeitos, Wagner Oganauskas e Marcos Antônio Ramon, devem dar suas versões dos fatos até esta sexta-feira (21). As audiências serão realizadas por videoconferência e o acesso é restrito. Após as audiências de instrução, a Justiça deve definir se os acusados irão, ou não, a júri popular. Wagner e Marcos Antônio estão presos desde a época do crime.
Relembre
No dia 24 de junho, a Polícia Civil prendeu o ex-marido de Ana Paula, Wagner Oganauskas, suspeito de ser o mandante do crime, e Marcos Antônio Ramon, apontado como o atirador que assassinou a vítima. Segundo as investigações, Wagner teria mandado matar a ex-esposa, mãe de seus filhos, por não aceitar o novo relacionamento da vítima, com uma mulher. Desde a separação, questões financeiras também eram motivo de brigas entre o ex-casal.
Na manhã em que foi morta, Ana Paula foi até a Sociedade Morgenau, na ocasião presidida pelo ex-marido, para fazer uma carteirinha de sócia. O objetivo era poder entrar no local e ter contato com os filhos, já que até então, não era autorizada a entrar e precisava esperar na calçada para poder vê-los de longe. No entanto, após sair de lá, ela foi perseguida por um motociclista, apontado como Marcos, e executada com cerca de 14 disparos de arma de fogo, quando aguardava o portão do condomínio em que vivia abrir.
Após o crime, a polícia descobriu depósitos de dinheiro de Wagner para Marcos, no valor de R$ 38 mil, que seria o pagamento pela execução de Ana Paula Campestrini. Além dos dois homens, o Ministério Público do Paraná também ofereceu denúncia contra Felipe Rodrigues Wada, um técnico de informática de 18 anos que teria apagado as conversas do celular de Marcos após o crime.
Conforme o documento do MPPR, Wagner e Marcos Antônio estão sendo denunciados por feminicídio qualificado pelo motivo torpe e pelo pagamento de recompensa, e pelo recurso que dificultou a defesa da vítima. Ainda, Marcos Antônio, juntamente com Felipe, estão sendo denunciados por fraude processual.