Caso Ailson Ortiz: júri popular tem data marcada

por Isadora Deip
com supervisão de Giselle Ulbrich
Publicado em 11 maio 2022, às 20h51. Atualizado às 20h52.

O júri popular de Elias da Silva Pires, de 51 anos, acusado de matar Ailson Augusto Ortiz, de 21, foi marcado para 28 de junho deste ano, às 9h. A data foi divulgada nesta quarta-feira (11) pelo assistente de acusação, Dr. Lauri Silva, após a primeira audiência de instrução do caso, realizada na Vara do Tribunal de Júri de Cascavel, no Oeste do Paraná.

O advogado declarou que irá solicitar a retirada das qualificadoras, para que seja julgado como homicídio simples de trânsito. Se o pedido for acatado, o réu não deverá ir a júri popular.

Durante a audiência, foram ouvidas oito testemunhas, incluindo policiais que integraram a investigação, militares que iolaram o local do crime, familiares da vítima e a esposa de Elias.

No tribunal, os pais de Ailson usavam camisetas e cartazes em homenagem ao filho.

Relembre o caso

Ailson foi assassinado após um desentendimento no trânsito, no dia 24 de março, no bairro Neva em Cascavel. O jovem estava em uma motocicleta quando se envolveu em uma discussão com Elias, que dirigia um Fluence.

Imagens de uma câmera de segurança mostram o momento em que os homens descem dos veículos e Ailson dá um soco em Elias. O homem saca uma arma e dispara ao menos três vezes contra Ailson, que cai na via e morre no local, antes da chegada da equipe médica. Após o crime, Elias embarcou no carro e fugiu.

Dois dias depois, na sexta-feira (26), o suspeito de disparar contra o jovem se apresentou à delegacia policial e foi detido. O homem não possui liberação para andar com a pistola calibre 380, utilizada na ação. Ainda foram encontradas outras três armas na casa do suspeito.

Elias já tinha passagem pela polícia por perturbação de sossego, por causa de som alto, além de ameaça contra os vizinhos, que ele teria feito com uma arma em mãos. Ele é colecionador de armas e tem a licença para colecionadores, atiradores e caçadores (CAC), porém não tem autorização para portar e transportar livremente a arma.

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