Caso Belarmino: réus são condenados e penas que somam 130 anos de cadeia
Três, dos 14 acusados do assassinato do agente penitenciário Alex Belarmino de Souza, foram condenados pelo Tribunal do Júri a mais de 130 anos de prisão pelo homicídio. O júri popular de Rodrigo Aparecido Lourenço, Manoel do Nascimento e Claudemir Guabiraba começou na segunda-feira (04) e terminou na madrugada deste sábado (09). Apesar do crime ter ocorrido em Cascavel, no oeste do Paraná, a sessão plenária foi realizada no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Curitiba.
Cada réu recebeu mais de 40 anos de condenação:
- Rodrigo Aparecido Lourenço: 43 anos, 2 meses e 22 dias
- Manoel do Nascimento: 44 anos e 10 meses
- Claudemir Guabiraba: 42 anos e 7 meses
Durante o julgamento, foram ouvidas nove testemunhas, três réus colaboradores e dois co-réus.
Dos 14 réus do crime, nove já foram condenados. Os júris foram desmembrados e vem acontecendo desde dezembro de 2021. Neste primeiro julgamento, sete réus foram julgados. Seis foram condenados e um inocentado. Quatro entraram com recursos nos Tribunais superiores.
No júri de dezembro de 2021, foram condeandos:
- Hugo Aparecido da Silva: 32 anos e cinco meses de prisão
- André Demiciano Messias: 32 anos e oito meses de prisão
- Jair Santana: 31 anos e quatro meses de prisão
- Maicon de Araujo Rufino: 12 anos e oito meses de prisão
- Alessandro Pereira de Souza: 9 anos e seis meses de prisão
- Douglas Fernando Cielo: por ter cometido crime de menor potencial ofensivo, aguarda julgamento de recurso interposto pelo MPF.
O réu Rafael Willian Kukowitsch foi absolvido.
Relembre o crime
Alex tinha 36 anos quando foi assassinado a caminho do trabalho em 2016. Como ele era agente penitenciário federal, quem conduziu as investigações foi a Polícia Federal (PF), que apontou que o agente morreu numa emboscada, com 23 tiros. Ele teve a morte encomendada por integrantes de uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios.
Ainda de acordo com as investigações da PF, o crime aconteceu em represália a ações de órgãos de segurança contra o grupo. Em 2017, a servidora pública federal que atuava como psicóloga na Penitenciária de Catanduvas, Melissa Almeida, também foi morta pela mesma facção criminosa.