Caso Daniel: veja como está o processo a 24 dias do julgamento da família Brittes

Está marcado para 18 de março, daqui a 24 dias a contar desta sexta-feira (23), o início do julgamento dos sete réus acusados de envolvimento na morte do jogador de futebol Daniel Corrêa Freitas. Daniel foi encontrado morto no dia 27 de outubro de 2018, em um matagal em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

Edison Luiz Brittes Júnior, a esposa Cristiana Rodrigues Brittes, a filha Allana Emilly Brittes, além de David William Vollero Silva, Eduardo Henrique Ribeira da Silva, Evellyn Brisola Perusso e Ygor King, são réus no processo. O júri popular será no Tribunal do Júri de São José dos Pinhais.

Dos réus, apenas Edison e Eduardo estão presos em regime fechado. Edison está detido há 5 anos, desde a época do crime. No momento, ele está preso na Penitenciária Estadual de Piraquara II. Já Eduardo está preso há 3 anos. Agora, ele está detido na Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu IV.

Os jurados que irão decidir se os réus serão absolvidos ou condenados já foram sorteados, em processo acompanhado pelo juiz responsável pelo caso, Thiago Flôres Carvalho. Quase 30 testemunhas foram intimadas para participarem das sessões.

Nesta semana, a advogada Thaise Mattar Assad, responsável pela defesa de Cristiana Brittes, pediu a suspensão do júri por 120 dias, por motivos particulares. O pedido não foi avaliado até o momento, segundo informações obtidas do Projudi. Caso o pedido seja atendido, o julgamento pode ter nova data.

Crimes a serem julgados no caso Daniel

Os sete réus do processo respondem por diferentes crimes. Veja cada um:

• ALLANA EMILLY BRITTES: fraude processual; corrupção de menor; coação no curso do processo.
• CRISTIANA RODRIGUES BRITTES: fraude processual; corrupção de menor; coação no curso do processo.
• DAVID WILLIAN VOLLERO SILVA:  homicídio qualificado (pela torpeza do motivo, pelo emprego de tortura ou outro meio insidioso ou cruel, e pelo recurso que impossibilitou a defesa da vítima); ocultação de cadáver; fraude processual.
• EDISON LUIZ BRITTES JUNIOR: homicídio qualificado (pela torpeza do motivo, pelo emprego de tortura ou outro meio insidioso ou cruel, e pelo recurso que impossibilitou a defesa da vítima); fraude processual; corrupção de menor; coação no curso do processo; ocultação de cadáver.
• EDUARDO HENRIQUE RIBEIRO DA SILVA: homicídio qualificado (pela torpeza do motivo, pelo emprego de tortura ou outro meio insidioso ou cruel, e pelo recurso que impossibilitou a defesa da vítima); ocultação de cadáver; fraude processual; corrupção de menor.
• EVELLYN BRISOLA PERUSSO: fraude processual.
• YGOR KING: homicídio qualificado (pela torpeza do motivo, pelo emprego de tortura ou outro meio insidioso ou cruel, e pelo recurso que impossibilitou a defesa da vítima); ocultação de cadáver; fraude processual.

Morte do jogador Daniel Corrêa

O jogador Daniel foi encontrado morto em um matagal de São José dos Pinhais, com o órgão genital decepado e parcialmente degolado. Daniel teria vindo à Curitiba para participar do aniversário de 18 anos de Allane. Depois da festa, um grupo de pessoas, incluindo o jogador, foi para a casa de Edison Brittes, em um after.

O jogador teria enviado para amigos uma foto ao lado de Cristiana Brittes na cama e, depois, desapareceu. Na imagem, a mulher aparentava estar dormindo. Segundo relato de Edison Brittes, Daniel teria tentado estuprar a esposa dele e por isso cometeu o assassinato, “sob forte emoção”.

Dois dias depois, segundo a denúncia, Edison teria marcado um encontro com outras pessoas que estavam na casa na tentativa de coagir as testemunhas. A reunião, em um shopping, foi registrada por câmeras de segurança. Edison foi preso no dia 1º de novembro de 2018, em casa. Allana, Cristiana e outros réus chegaram a ser detidos na época, mas respondem em liberdade. Apenas Evellyn, que responde por fraude processual, não chegou a ser detida.

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