Caso Federizzi: promotor pede prisão imediata de ré durante júri; mulher é acusada de esquartejar marido
Teve início nesta segunda-feira (11), no Tribunal do Júri de Curitiba, o julgamento de Ellen Homiak da Silva Federizzi, acusada de matar e esquartejar o marido, o policial militar Rodrigo Federizzi. Durante a sessão, a mãe da ré, que foi ouvida no final da manhã, revelou que a filha está morando em Minas Gerais. O promotor do caso pediu pela prisão imediata de Ellen, que não comunicou a mudança de endereço à Justiça, e a situação está sendo avaliada pela juíza.
A princípio, Ellen estaria participando do júri por videoconferência, já que respondia em liberdade até o julgamento. Ela chegou a ficar presa de 2016 até fevereiro de 2020 e, agora, pode voltar para a cadeia por ter descumprido as medidas judiciais. A previsão é de que o julgamento termine entre essa segunda-feira e a terça-feira (12).
O advogado de Ellen, Cleyson Landucc, explicou que, apesar da cliente ter confessado o crime, a intenção da defesa é demonstrar a motivação da ré para o assassinato. “O que a motivou a fazer toda esta situação está atrelada com violência doméstica. Não apenas a declaração da Ellen como também de testemunhas, que verificaram agressões, manchas no corpo, então isso vai ser demonstrado aos jurados”, relatou.
Os promotores do caso afirmam, no entanto, que a motivação seria financeira, depois que o policial militar teria cobrado a esposa pelo gasto de R$ 46 mil na conta do casal. Ainda, segundo a promotoria, dias antes do assassinato, Ellen teria pesquisado na internet “como matar uma pessoa com chumbinho” e “como atirar com uma arma .40”, que foi a arma usada no crime.
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Mulher mata e esquarteja marido policial em Curitiba
O homicídio foi registrado em 28 de julho de 2016, no apartamento do casal, no bairro Tatuquara, em Curitiba. Na época, Rodrigo tinha 32 anos e, segundo as investigações, foi morto a tiros com a própria arma, no quarto do casal. O filho, de 9 anos, estava na residência e chegou a ouvir o barulho do disparo. A vítima foi esquartejada pela esposa, que ainda teria enterrado diversas partes do corpo em pontos diferentes da área rural de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba.
Para disfarçar o crime, dois dias depois, em 30 de julho, Ellen registrou um boletim de ocorrência pelo desaparecimento de Rodrigo. Conforme o relato da mulher, Rodrigo havia saído de casa para investigar pessoas que teriam roubado cerca de R$ 50 mil das contas do casal e não voltou.