Caso Guaranho: MP do Paraná pede que acusado de matar petista vá a júri popular
O Ministério Público do Paraná (MPPR) apresentou as alegações finais e pediu para que o policial penal Jorge Guaranho, acusado de matar a tiros o guarda municipal e petista Marcelo Arruda, seja submetido a júri popular. No documento assinado nesta terça-feira (18), os promotores Luis Marcelo Mafra Bernardes da Silva e Tiago Lisboa Mendonça ainda reforçam que a motivação de discussão sobre política foi reconhecida pelo Superior Tribunal de Justiça como caracterizadora da futilidade do homicídio.
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Nas alegações finais enviadas ao juiz da 3ª Vara Criminal da Comarca de Foz do Iguaçu, os promotores relembram as circunstâncias do crime, afirmam que a autoria está comprovada através de vídeos e informações de testemunhas, e reforçam as qualificadoras de motivo fútil – pela discussão sobre política – e perigo comum – já que no local haviam diversos familiares da vítima, inclusive um bebê que poderia ter sido atingido no momento dos disparos.
Além do pedido pelo julgamento no Tribunal do Júri, o MPPR também defendeu a manutenção da prisão do réu, citando as qualificadoras e a justificativa de garantia da ordem pública, levando em consideração a proximidade com as eleições.
O RIC Mais entrou em contato com a defesa de Guaranho, que afirmou que ainda não foi intimada para apresentar as alegações finais. “O MP apresentou no prazo e a defesa somente será intimados após a apresentação por parte dos Assistentes”, explicou a advogada Poliana Lemes Cardoso.
Petista é morto a tiros em festa de aniversário
O assassinato ocorreu no dia 9 de julho deste ano. Arruda comemorava o aniversário de 50 anos, numa festa temática com o Partido dos Trabalhadores (PT), em uma associação de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. Guaranho foi uma primeira vez ao local, “provocar” o aniversariante. Depois voltou armado e atirou no petista, que conseguiu revidar e também baleou Guaranho. Arruda morreu minutos depois e Guaranho foi socorrido. Veja a dinâmica dos fatos clicando aqui.