Caso Henry: Dalledone e juíza discutem durante audiência no tribunal; VÍDEO
O advogado Cláudio Dalledone bateu boca com a juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, durante audiência no Tribunal de Justiça carioca, na tarde desta quarta-feira (01). O perito legista que assinou o laudo de necropsia de Henry Borel era interrogado pela juíza, quando o advogado interrompeu os questionamentos da juíza.
Dalledone defende o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, acusado da morte do enteado, o menino Henry Borel. O perito Leonardo Hubir Tauil respondia perguntas da juíza, quando Dalledone fala “questão de ordem meritíssima”. A juíza, que já tinha sido interrompida pelo advogado anteriormente, disse que ele não pode dizer o que ela perguntaria ou não ao técnico: “Você não pode falar pela ordem”, disse a juíza, tocando a sineta do tribunal.
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Dalledone continua, dizendo que está usando sua prerrogativa de advogado e que ela não pode “caçar” as palavras dele usando aquela sineta, e que ela não pode fazer determinados comentários. “Se o senhor continuar, o senhor vai sair daqui”, afirmou a juíza. O bate boca continuou após outro comentário de Elizabeth:
“Se o senhor me interromper mais uma vez, o senhor vai sair daqui”,
diz Elizabeth, informando que irá retirar o advogado do plenário.
O advogado pergunta se ela vai prendê-lo. Até que ela responde que não, que vai retirá-lo do plenário, dizendo ainda que se Dalledone a interromper mais uma vez, ele não vai participar em nada no processo. O advogado continua dizendo que está usando suas prerrogativas, até que a juíza diz a ele para chamar a polícia para prendê-la.
O advogado afirmou que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) será acionado contra a juíza Elizabeth Machado Louro.
Assista o bate boca:
Caso Henry
Henry Borel Medeiros, de 4 anos, morreu no dia 8 de março, ao dar entrada em um hospital da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Segundo o pai do garoto, Leniel Borel, ele e o filho passaram, normalmente, o fim de semana juntos. Por volta das 19h do dia 7, o engenheiro o levou de volta para a casa da mãe do menino, Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida, que mora com o vereador.
Ainda segundo o pai de Henry, por volta das 4h30 do dia 8, ele recebeu uma ligação de Monique falando que estava levando o filho para o hospital, porque o menino apresentava dificuldades para respirar. Leniel afirma que viu os médicos tentando reanimar o pequeno Henry, sem sucesso.