Caso Maritza: começa 2º dia de julgamento de delegado; confira detalhes

Primeiro dia de júri popular teve sorteio dos jurados e depoimento de três testemunhas arroladas pela acusação; policial ficou mais de 6 horas sendo ouvida

por Guilherme Becker
com informações de William Bittar, da RICtv
Publicado em 2 jul 2024, às 10h06.
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O julgamento do delegado Erik Busseti, acusado de matar a esposa Maritza Guimarães de Souza e a enteada Ana Carolina de Souza, entra no segundo dia nesta terça-feira (2), em Curitiba. Por volta das 9h, o réu chegou ao Tribunal do Júri em uma viatura da Polícia Penal e tentou se esconder na entrada do plenário.

Delegado Erik Busseti senta no banco dos réus para segundo dia de julgamento
Delegado Erik Busseti senta no banco dos réus para segundo dia de julgamento (Foto: William Bittar/ RICtv)

Nesta terça-feira (2), a expectativa é que sejam ouvidas as testemunhas arroladas pela defesa. Antes do início da sessão, familiares e amigos da família de Maritza e da Ana Carolina levaram faixas em forma de protesto. A enteada morta em março de 2020 completaria 21 anos nesta terça.

Réu Erik Busseti tentou se esconder na chegada ao Tribunal do Júri
Réu Erik Busseti tentou se esconder na chegada ao Tribunal do Júri (Foto: William Bittar/ RICtv)

Caso Maritza: primeiro dia de julgamento 

O júri do delegado Erik Busseti começou por volta das 10h desta segunda-feira (1º). O réu chegou em uma viatura e acompanhou a sessão dentro do tribunal, sem o uniforme do sistema prisional do Paraná. 

No sorteio dos jurados, foram definidos cinco homens e duas mulheres para formar a bancada que definirá pela absolvição ou pela condenação do réu. No primeiro dia, que durou cerca de 10h30, foram ouvidas três testemunhas arroladas pela acusação.

A primeira testemunha foi uma escrivã da Polícia Civil, responsável por analisar as imagens das câmeras de segurança da casa e por montar o relatório das apreensões. Esta é a única autoridade policial arrolada no processo. O depoimento começou por volta das 11h50 e só foi finalizado próximo das 18h. 

A equipe de defesa do réu realizou diversas perguntas e insistiu em alguns questionamentos. Após a conclusão do depoimento, outras duas testemunhas foram ouvidas – um homem e uma mulher. 

Familiares e amigos de Maritza e Ana Carolina protestam em frente ao Tribunal do Júri
Familiares e amigos de Maritza e Ana Carolina protestam em frente ao Tribunal do Júri (Foto: William Bittar/ RICtv)

As testemunhas eram vizinhas de Erik e Maritza e contaram um pouco sobre a rotina do casal. Nos depoimentos, que foram mais rápidos, as testemunhas relataram que não presenciaram muitas brigas entre o réu e a esposa.

O primeiro dia de júri foi encerrado às 20h40 desta segunda-feira (1º). A expectativa é que o julgamento seja concluído até a próxima quarta-feira (3).

Caso Maritza: relembre o crime 

O crime aconteceu em 4 de março de 2020. Conforme as investigações, após cerca de dez anos de união, Erik e Maritza estavam em processo de separação, mas o marido não aceitava a situação. O delegado e a policial ainda moravam juntos e, antes do fato, discutiram por pelo menos três horas.

A polícia também verificou que Maritza tentou fazer as malas, indicando que sairia de casa. Após a mulher ir para a saída da residência, Erik bateu na porta do quarto de Ana, e logo após a adolescente abrir é agredida com chutes e tapas. Maritza volta para tentar defender a filha e neste momento as duas são baleadas e caem abraçadas no chão.

Erik Busseti é acusado de matar a esposa Maritza e a enteada Ana Carolina
Erik Busseti é acusado de matar a esposa Maritza e a enteada Ana Carolina (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

A ação aconteceu enquanto a filha do casal, de 9 anos, dormia em outro cômodo. Depois, Busetti deixou a criança com uma vizinha e pediu que a filha ligasse para a Polícia Militar. A equipe do Siate encontrou as vítimas sem vida no local do crime e Erik foi preso em flagrante.

Erik ficou em silêncio no interrogatório, mas, segundo as investigações, confessou o crime em conversas anteriores com policiais militares. Ele foi autuado por duplo feminicídio e levado ao Complexo Médico-Penal (CMP) em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, onde segue preso até hoje. Dias depois, Erik foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por duplo feminicídio.

Em 23 de março de 2020, a denúncia foi recebida pela Justiça, e ele se tornou réu. Em 8 de outubro, a 1ª Vara Privativa do Tribunal do Júri do Foro Central da Comarca da RMC determinou que Erik fosse levado a júri popular, sem direito a recorrer e aguardar julgamento em liberdade. Erick responde preso desde a data do fato.

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