Júri popular de delegado acusado de matar esposa e enteada começa nesta segunda
Julgamento estava marcado para março, mas foi adiado após pedido da defesa do delegado Erik Busetti; a policial civil Maritza Guimarães e a filha, Ana Carolina, foram assassinadas a tiros
O júri popular do delegado Erik Busetti, réu pela morte da esposa Maritza Guimarães de Souza e da enteada Ana Carolina de Souza, está marcado para a manhã desta segunda-feira (1°), em Curitiba. O julgamento estava marcado para o dia 8 de março, porém, foi adiado após pedido da defesa do réu.
O delegado da Polícia Civil Erik é acusado de matar a esposa Maritza, de 41 anos, e a enteada Ana Carolina, de 16. O crime aconteceu em 4 de março de 2020, quando o casal vivia um processo de separação, porém, ainda morava na mesma residência. Uma filha do casal, de 9 anos, estava dormindo no instante em que Erik disparou contra a esposa e a enteada.
No dia 8 de março deste ano, na data do julgamento que foi adiado, Erik chegou a ser levado da penitenciária para o Tribunal do Júri. Os pais do réu também estiveram no local, mas logo que a sessão foi iniciada a defesa do delegado solicitou o adiamento.
A expectativa é que o júri do delegado comece nesta segunda (1º) e dure três dias.
Caso Maritza: relembre o crime
O crime aconteceu em 4 de março de 2020. Conforme as investigações, após cerca de dez anos de união, Erik e Maritza estavam em processo de separação, mas o marido não aceitava a situação. O delegado e a policial ainda moravam juntos e, antes do fato, discutiram por pelo menos três horas.
A polícia também verificou que Maritza tentou fazer as malas, indicando que sairia de casa. Após a mulher ir para a saída da residência, Erik bateu na porta do quarto de Ana, e logo após a adolescente abrir é agredida com chutes e tapas. Maritza volta para tentar defender a filha e neste momento as duas são baleadas e caem abraçadas no chão.
A ação aconteceu enquanto a filha do casal, de 9 anos, dormia em outro cômodo. Depois, Busetti deixou a criança com uma vizinha e pediu que a filha ligasse para a Polícia Militar. A equipe do Siate encontrou as vítimas sem vida no local do crime e Erik foi preso em flagrante.
Erik ficou em silêncio no interrogatório, mas, segundo as investigações, confessou o crime em conversas anteriores com policiais militares. Ele foi autuado por duplo feminicídio e levado ao Complexo Médico-Penal (CMP) em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, onde segue preso até hoje. Dias depois, Erik foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por duplo feminicídio.
Em 23 de março de 2020, a denúncia foi recebida pela Justiça, e ele se tornou réu. Em 8 de outubro, a 1ª Vara Privativa do Tribunal do Júri do Foro Central da Comarca da RMC determinou que Erik fosse levado a júri popular, sem direito a recorrer e aguardar julgamento em liberdade. Erick responde preso desde a data do fato.
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