Caso Maritza: júri de delegado chega ao 3º dia; confira passos finais

Delegado Erik Busseti chegou ao Tribunal do Júri algemado e deve falar durante a sessão desta quarta-feira (3)

Publicado em 3 jul 2024, às 11h43.
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O júri do delegado Erik Busseti, acusado de matar a esposa Maritza Guimarães de Souza e a enteada Ana Carolina de Souza, entra no terceiro dia nesta quarta-feira (3), em Curitiba. Para esta tarde existe a expectativa do final das testemunhas e com isso o depoimento do réu.

Delegado Erik Busseti chega para terceiro dia de júri
Delegado Erik Busseti chega para terceiro dia de júri (Foto: Leonardo Gomes/ RICtv)

O delegado Erik Busseti chegou por volta das 9h no Tribunal do Júri, novamente algemado e com uniforme do sistema penitenciário do Paraná. Desta vez o réu nem tentou esconder o rosto ao descer da viatura da Polícia Penal e caminhou tranquilamente até o plenário. 

Para este terceiro dia de julgamento são esperadas mais quatro testemunhas de defesa e na sequência o interrogatório do réu. A previsão é que o júri termine nesta quinta-feira (4).

Tribunal do júri para o terceiro dia de julgamento do delegado Erik Busseti
Tribunal do júri para o terceiro dia de julgamento do delegado Erik Busseti (Foto: Colaboração)

Primeiros dias de julgamento do caso Maritza

Os dois primeiros dias de julgamento do delegado Erik Busseti foram marcados pelos depoimentos das testemunhas e vários questionamentos por parte das equipes de advogados, tanto de acusação como de defesa. 

Na segunda-feira (2), primeiro dia de julgamento, foi realizado o sorteio dos jurados, que definiu cinco homens e duas mulheres. Na sequência, após leitura do caso, foram ouvidas três testemunhas arroladas pela acusação.  

A primeira testemunha foi uma escrivã da Polícia Civil, responsável por analisar as imagens das câmeras de segurança da casa e por montar o relatório das apreensões. Esta é a única autoridade policial arrolada no processo. O depoimento começou por volta das 11h50 e só foi finalizado próximo das 18h. 

A equipe de defesa do réu realizou diversas perguntas e insistiu em alguns questionamentos. Após a conclusão do depoimento, outras duas testemunhas foram ouvidas – um homem e uma mulher. 

As testemunhas eram vizinhas de Erik e Maritza e contaram um pouco sobre a rotina do casal. Nos depoimentos, que foram mais rápidos, as testemunhas relataram que não presenciaram muitas brigas entre o réu e a esposa.

Já nesta terça-feira (2), segundo dia de júri, foram ouvidas quatro testemunhas arroladas pela equipe de defesa. Familiares de Maritza e Ana Carolina estiveram em frente ao Tribunal do Júri e levaram faixas de protesto. Em uma das faixas, os parentes lembraram que Ana Carolina completaria 21 anos naquele dia.

Delegado Erik Busseti senta no banco dos réus para segundo dia de julgamento
Delegado Erik Busseti senta no banco dos réus para segundo dia de julgamento (Foto: William Bittar/ RICtv)

Caso Maritza: relembre o crime 

O crime aconteceu em 4 de março de 2020. Conforme as investigações, após cerca de dez anos de união, Erik e Maritza estavam em processo de separação, mas o marido não aceitava a situação. O delegado e a policial ainda moravam juntos e, antes do fato, discutiram por pelo menos três horas.

A polícia também verificou que Maritza tentou fazer as malas, indicando que sairia de casa. Após a mulher ir para a saída da residência, Erik bateu na porta do quarto de Ana, e logo após a adolescente abrir é agredida com chutes e tapas. Maritza volta para tentar defender a filha e neste momento as duas são baleadas e caem abraçadas no chão.

Erik Busseti é acusado de matar a esposa Maritza e a enteada Ana Carolina
Erik Busseti é acusado de matar a esposa Maritza e a enteada Ana Carolina (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

A ação aconteceu enquanto a filha do casal, de 9 anos, dormia em outro cômodo. Depois, Busetti deixou a criança com uma vizinha e pediu que a filha ligasse para a Polícia Militar. A equipe do Siate encontrou as vítimas sem vida no local do crime e Erik foi preso em flagrante.

Erik ficou em silêncio no interrogatório, mas, segundo as investigações, confessou o crime em conversas anteriores com policiais militares. Ele foi autuado por duplo feminicídio e levado ao Complexo Médico-Penal (CMP) em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, onde segue preso até hoje. Dias depois, Erik foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por duplo feminicídio.

Em 23 de março de 2020, a denúncia foi recebida pela Justiça, e ele se tornou réu. Em 8 de outubro, a 1ª Vara Privativa do Tribunal do Júri do Foro Central da Comarca da RMC determinou que Erik fosse levado a júri popular, sem direito a recorrer e aguardar julgamento em liberdade. Erick responde preso desde a data do fato.

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