Caso Melissa: julgamento é adiado novamente; entenda
Foi adiado novamente, nesta segunda-feira (8), o julgamento dos acusados de envolvimento no assassinato da psicóloga Melissa de Almeida Araújo, em maio 2017, em Cascavel, no Oeste do Paraná. O pedido veio da defesa dos acusados. O novo julgamento será realizado somente em 30 de janeiro de 2023.
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De acordo com o advogado de defesa Cláudio Dalledone, houve uma irregularidade no momento do sorteio dos jurados. Segundo ele, aconteceu um “estouro de urna”, ou seja, uma insuficiência de jurados necessários para a instauração da sessão de julgamento.
Segundo o advogado, a juíza tentou realizar um novo sorteio durante a sessão, o que é proibido por lei.
“A defesa exige que a lei seja cumprida. Nós vamos brigar até o final, com punhos de aço bem fechados para que o devido processo legal e o império da lei sejam efetivamente cumpridos”, afirma.
Relembre o caso
Melissa de Almeida Araújo foi assassinada por ser agente na Penitenciária Federal de Catanduvas. De acordo com as investigações, o crime foi motivado em represália à atuação regular do Estado brasileiro no controle da disciplina interna nas unidades do sistema carcerário federal.
Segundo a acusação, os denunciados agiram no interesse da maior facção criminosa que atua em todo território nacional, movidos pelo propósito de vingança a funcionários e autoridades do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN), e também motivados pela ideia de intimidação de toda a categoria de agentes penitenciários federais.
Melissa foi morta em frente ao condomínio onde morava, em Cascavel, com o marido e o filho, residência distante 55 km de Catanduvas. A psicóloga teve sua rotina monitorada por pelo menos 40 dias e foi considerada um alvo de “fácil alcance”, de acordo com as investigações. Por se tratar de crime contra a vida de servidor público federal no exercício de suas funções, a competência para julgamento é do Tribunal do Júri da Justiça Federal.