Caso Muggiati: Raphael Suss é condenado a mais de 32 anos de prisão
O médico Raphael Suss Marques foi condenado a 32 anos e quatro meses de prisão em regime fechado pelos crimes de homicídio e qualificadoras (31 anos), 11 meses pelo crime de fraude processual e mais 5 meses por lesão corporal. O julgamento terminou na madrugada desta sexta-feira (10). Ele sentou no banco dos réus, no Tribunal do Júri de Curitiba, para responder pela morte da fisiculturista Renata Muggiati, sua namorada.
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O júri de Raphael iniciou na quarta-feira (8). No primeiro dia, oito testemunhas foram ouvidas: quatro de acusação e quatro de defesa.
Já neste segundo dia, foram ouvidas as testemunhas de defesa de Rapahel. A manhã iniciou com a oitiva do pai de Raphael, Jucenir Ferreira Marques, que soube da depressão de Renata, revelada pelo filho, e orientou Raphael a pedir ajuda de um terapeuta, para terminar o namoro, um dia antes da morte da fisiculturista.
A segunda pessoa a falar por parte da defesa foi o engenheiro civil Moacyr Aristeu Molinari Neto. Ele fez uma perícia contratada pela família de Raphael e diz que encontrou várias incoerências no laudo feito pelo perito criminal Jerry.
Moacyr deu suas explicações do porquê ele acredita que Renata estava viva ao cair e cometeu suicídio. No fim da oitiva dele, o promotor Marcelo Balzer se irrita com o silêncio do engenheiro, ao não responder certas perguntas.
Já o médico Luis Carlos Cavalcanti Galvão participou por videochamada. Ele insistiu que não houve asfixia e que Renata morreu na queda do apartamento. E o promotor perguntou se ele periciou, se viu pessoalmente o corpo de Renata, ao que o médico responde que não e que fez a “perícia” através de fotos.
Em seguida, vídeos da simulação da morte de Renata, em que Raphael participou, são mostrados em plenário. Em seguida, o próprio réu passa a ser interrogado e, a todo instante, afirma que não matou Renata e que ela cometeu suicídio.
Assim, começam os debates finais. Falam por parte da assistência de acusação os advogados Maria Francisca Accioly e Daniel Laufer.
Ele me deu dois “mata-leão”
O ponto alto do júri nesta quinta-feira foi um vídeo exibido pela acusação e intitulado de “A Verdade”. Era a namorada de Raphael, em 2008, contando como sofreu nas mãos do médico, que chegou a dar dois “mata-leão” nela durante discussões para “acalmá-la”. Ela teve que sair do Brasil depois que terminou o namoro, para Raphael parar de segui-la. Foi um vídeo surpresa e intenso.
Então o promotor Marcelo Balzer usa o restante do tempo para a acusação nos debates, para fazer sua colocações e pede aos jurados a condenação de Raphael.
Depois é a vez do advogado Edson Vieira Abdala, que defende Raphael, convencer os jurados pela inocência. Ele tentou mostrar que Renata tinha defeitos e, mostrando uma foto dela sentada numa janela, disse que ela tinha potencial suicida.
Com os debates encerrados, os jurados foram dar seus votos sobre o que entenderam do júri e qual a culpabilidade de Raphael na morte de Renata.