Caso Piên: Júri chega ao 4º dia e réus devem ser interrogados nesta sexta (24)
O júri popular dos quatro réus suspeitos de envolvimento na morte do então prefeito recém-eleito de Piên Loir Dreveck e do técnico em segurança Genésio Almeida entra no quarto dia nesta sexta-feira (24). No fórum de Rio Negro, na região sudeste do Paraná, a expectativa é que o julgamento entre em uma nova fase a partir de hoje.
Após três dias com depoimentos de testemunhas convocadas pelas equipes de defesa, a fase de interrogatórios com os réus pode começar ainda nesta sexta (24). Os réus Gilberto Dranka, ex-prefeito de Piên – que foi prefeito por dois mandatos, de 2009 a 2012 e de 2012 a 2016 -, e Leonides Maahs, presidente da Câmara Municipal de Piên na época, acompanharam as sessões no fórum e devem prestar depoimentos diante do juiz. Já Orvandir Pedrini e Amilton Padilha devem ser ouvidos por videoconferência.
Padilha era considerado foragido até a última quarta-feira (22), quando foi preso no Rio Grande do Sul. Havia a expectativa do réu comparecer a cidade de Rio Negro, porém, foi confirmado que o depoimento será por chamada de vídeo.
Com o avanço para a fase interrogatória dos réus, a expectativa é que os debates entre as equipes de acusação e defesa aconteçam já neste sábado (25) e o júri popular pode chegar ao fim ainda neste final de semana.
Relembre o crime – Caso Piên
Genésio Almeida, que era técnico em segurança, foi executado a tiros dentro do carro no dia 6 de dezembro de 2016. O homem transitava pela PR-420, com destino a São Bento do Sul, em Santa Catarina, quando foi baleado na cabeça nas proximidades do trevo de Trigolândia. Segundo a polícia, Genésio foi morto por engano, ao ser confundido com o prefeito Loir.
Dias depois, no dia 14 de dezembro de 2016, na mesma rodovia, o prefeito recém-eleito de Piên ia para Santa Catarina com as duas filhas e um motorista, quando um suspeito de moto emparelhou com o veículo ocupado pela vítima e fez os disparos. Loir foi atingido na cabeça, chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital, em Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, três dias depois.
Em 31 de janeiro, o ex-prefeito Gilberto Dranka foi preso em uma operação do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). Dranka ainda tentou se esconder no forro da casa durante a abordagem, mas foi localizado e preso. As investigações apontaram o envolvimento de Leonides Maahs, ex-presidente da Câmara Municipal de Piên, do mecânico Orvandir Pedrini, e de Amilton Padilha no crime.