CNJ mantém afastamento de desembargador por fala polêmica sobre as mulheres

O desembargador do TJ-PR foi afastado após dizer que “as mulheres estão loucas atrás de homens” durante o julgamento de caso de assédio

Publicado em 5 ago 2024, às 17h08.

O Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) manteve na última sexta-feira (2) o afastamento do desembargador Luis Cesar de Paula Espíndola, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), após a fala do desembargador afirmando, entre outras coisas, que “as mulheres estão loucas atrás de homens”.

 

CNJ mantém afastamento de desembargador por fala polêmica sobre as mulheres
CNJ mantém afastado o desembargador por fala sobre mulheres (Foto: Reprodução/TJ-PR)

O CNJ entendeu que a manifestação do desembargador foi “preconceituosa e misógina” em relação à vítima menor de idade. As falas foram proferidas durante o julgamento de um caso de assédio envolvendo uma adolescente, de 12 anos.

Falas polêmicas do desembargador foram proferidas em sessão que julgava assédio contra uma menor de idade

Os comentários jocosos foram proferidos durante uma sessão da 12ª Câmara Cível do TJ-PR, no julgamento de um professor acusado de assédio sexual contra uma aluna de 12 anos, no dia 3 de julho.

Entre outras coisas, Luís Espíndola afirmou que as mulheres “estão loucas para levar um elogio, para levar uma piscada e uma cantada educada”. Além disso, “as mulheres estão loucas atrás de homem”, já que segundo ele, há poucos homens no mundo e por isso “quem está ‘cantando’ e assediando são as mulheres”, complementou o desembargador.

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