Delegado acusado de matar esposa e enteada vai a júri nesta segunda-feira (8)

Publicado em 4 abr 2024, às 18h37. Atualizado em: 8 abr 2024 às 07h16.
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O julgamento de Erik Busetti, delegado de polícia civil acusado de assassinar a esposa e a enteada, em Curitiba, há quatro anos, foi agendado para esta segunda-feira (8). A policial civil Maritza Guimarães de Souza, de 41 anos, e a filha dela, Ana Carolina de Souza tinha, 16, foram mortas em março de 2020. O crime aconteceu no condomínio onde a família morava, no bairro Santa Cândida.

Câmeras de segurança flagraram o momento do crime.

Relembre o caso

O crime aconteceu em 4 de março de 2020. De acordo com as investigações, após cerca de dez anos de união, Erik e Maritza estavam em processo de separação, mas o marido não aceitava a situação. Eles ainda moravam juntos e, antes do fato, discutiram por pelo menos três horas.

A polícia também verificou que Maritza tentou fazer as malas, indicando que sairia de casa. Após a mulher ir para a saída da residência, Erik bate na porta do quarto de Ana, a porta é aberta por ela, e ele a agride com chutes e tapas. Maritza volta para tentar defender a filha. É quando mãe e filha são baleadas e as duas caem abraçadas no chão.

A ação aconteceu enquanto a filha do casal, de 9 anos, dormia. Depois, Busetti deixou a menina com uma vizinha e pediu que a criança ligasse para a Polícia Militar. A equipe do Siate já encontrou as vítimas sem vida no local do crime e Erik foi preso em flagrante.

Erik ficou em silêncio no interrogatório, mas, segundo as investigações, confessou o crime em conversas anteriores com policiais militares. Ele foi autuado por duplo feminicídio e levado ao Complexo Médico-Penal (CMP) em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, onde segue preso até hoje. Dias depois, Erik foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por duplo feminicídio.

Em 23 de março de 2020, a denúncia foi recebida pela Justiça, e ele se tornou réu. Em 8 de outubro, a 1ª Vara Privativa do Tribunal do Júri do Foro Central da Comarca da RMC determinou que Erik fosse levado a júri popular, sem direito a recorrer e aguardar julgamento em liberdade. Erick responde preso desde a data do fato.

Acusação e defesa

As imagens das câmeras de segurança serão usadas como prova contra o réu no tribunal. Além do vídeo, a acusação vai recorrer a gravações anteriores em áudio e registros de Whatsapp. A família de Maritza e Ana esperam que seja feita justiça, como afirma a advogada Louise Mattar Assad.

“A assistência de acusação espera a condenação do delegado em todos os artigos propostos pelo Ministério Público, as penas no caso da Ana, que é duplamente qualificado, e da Maritza, que é triplamente qualificado, gira em torno de cada uma, na mínima de 12 anos e máxima de 30 anos. Então, acreditamos que seja uma sentença próxima a 40 anos”, disse Louise à reportagem do portal RIC.com.br, na tarde desta quinta-feira (4).

A estimativa da defesa de Erik é que este seja um julgamento longo. “A previsão é de três dias, podendo levar um tempo a mais”, afirmou o advogado Claudio Dalledone ao RIC.com.br. Contudo, segundo ele, a defesa está preparada. “Temos a expectativa de que tudo venha a ser colocado em seu devido lugar, dado a cada um o que é seu. Esse é o escopo, é o objetivo, é o que se espera de um julgamento popular”.

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