Duas pessoas são indiciadas por mortes em disputa por terra no Sudoeste do PR

Publicado em 9 nov 2022, às 11h58. Atualizado às 12h02.

A Polícia Civil concluiu o Inquérito que investiga uma disputa de terra que deixou quatro pessoas mortas no dia 15 de fevereiro, na cidade de Bom Jesus do Sul, no Sudoeste do Paraná. Cristiano e Paulo, foram indiciados por homicídio qualificado e porte ilegal de Arma de Fogo de uso permitido.

De acordo com Emerson Ferreira, delegado responsável pela investigação, com o auxílio dos vídeos, que foram gravados pelos envolvidos, foi possível identificar grande parte do que ocorreu no dia dos crimes. Durante o processo a polícia conseguiu desvendar como foi a dinâmica do tiroteio.

“Claudio puxa a arma de fogo, inicia a troca de tiros. Então, primeiramente o Claudio atira no Seo Francisco Bini, que é o senhor mais idoso, após isso o Claudio se vira para trás e começa a atirar no Rafael, que é filho do Seo Francisco Bini. Nesse momento concomitantemente o Seo Francisco Bini atira no Cláudio, uma vez que o Claudio estava atirando no filho de seo Francisco, se vira para trás e começa a atirar no Rafael. Concomitantemente o seu Francisco e Paulo atiram no Cláudio e matam o Cláudio. Após isso, Paulo também mata Janaína. E após isso, o Cristiano começa a efetuar disparos e acaba por matar o seo Acelino”, explica o delegado.

Para a Polícia Bini agiu em legítima defesa. “O seu Acelino, a única pessoa em quem ele atirou foi Claudio e ele só fez porque o Cláudio estaria atirando, no Rafael, que é filho de Francisco e morreu. Então por entender assim legítima defesa, uma vez que ele atirou no assassino do próprio filho, a gente optou por não indiciar o seu Francisco Bini.”

O delegado ressaltou que após o encaminhamento para o Ministério Público, o órgão solicitou que outras diligências sobre o caso fossem realizadas. “ Foi solicitado um diagrama de lesões, que é um lado que a perícia aponta a direção dos disparos.” Assim que concluído, será novamente encaminhado para o MP.

Disputa

De acordo com o delegado Emerson Ferreira, os agricultores haviam plantado soja e iam até o local para cuidar da plantação. Ao descobrir que a propriedade estava sendo usada, o comerciante foi até lá para tirar satisfação. Um dos produtores rurais e o comerciante afirmam serem donos da faixa de terra e a questão já era discutida judicialmente.

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