Empresário é condenado a 14 anos de prisão por morte após briga por som alto
O empresário Antônio Humia Dorrio foi condenado a 14 anos e 3 meses pela morte do engenheiro Douglas Reges Junckes. O crime aconteceu no dia 20 de maio de 2018, após uma discussão por causa de som alto. O condenado e a vítima eram vizinhos, em um condomínio localizado no bairro Juvevê, em Curitiba.
Nesta segunda-feira (22) teve início o júri popular do caso e somente na madrugada desta terça-feira (23), o juiz declarou a sentença. O réu Antônio Dorrio foi condenado a 14 anos e 3 meses de prisão, sendo 13 anos por homicídio simples e mais 1 ano e 3 meses por posse irregular de arma.
A defesa do empresário Antônio Dorrio informou que vai recorrer da decisão do Tribunal do Júri e, ainda, pedir a nulidade do processo por irregularidades ocorridas durante o julgamento e também porque a condenação contraria a prova dos autos.
Relembre o caso
O assassinato ocorreu no final de tarde de 20 de maio de 2018. Na época, Antônio vivia no apartamento superior ao de Douglas, então com 35 anos, em um edifício localizado no bairro Juvevê, região nobre da capital paranaense.
De acordo com a investigação, após chegar de viagem, o empresário se irritou com o barulho e foi até o apartamento da vítima já armado. Os dois entraram em luta corporal e Antônio efetuou quatro disparos: dois na cabeça e um no peito de Douglas e um atingiu seu próprio braço.
Douglas morreu dentro do apartamento, enquanto o empresário, mesmo com ferimento, dirigiu até o Hospital Cajuru para ser atendido. Ele foi preso em flagrante e encaminhado à delegacia logo após ser medicado, mas ainda em junho de 2018, deixou a prisão e até hoje responde em liberdade.
Em depoimento, Antônio afirmou que atirou em legítima defesa e foi armado até o apartamento do vizinho, pois ele seria um homem agressivo. Além disso, seus advogados sempre alegaram que o crime aconteceu porque os dois discutiram e entraram em luta corporal e não devido ao som alto.
A princípio, ele chegou a ser acusado, pelo Ministério Público do Paraná (MP/PR), por homicídio qualificado. No entanto, no início de 2020, sua defesa entrou com um recurso e conseguiu retirar as qualificadoras.