Ex-marido acusado de mandar matar Ana Campestrini passa mal durante júri

por Daniela Borsuk
com informações de Thais Travençoli, da RICtv
Publicado em 24 fev 2023, às 12h48.

Wagner Cardeal Oganauskas, acusado de mandar matar a ex-esposa, Ana Paula Campestrini, passou mal durante o julgamento e precisou ser encaminhado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Curitiba nesta sexta-feira (24), segundo dia do júri popular. Wagner já tinha sido interrogado no primeiro dia de sessão, na quinta-feira (23) e negou envolvimento no feminicídio.

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Nesta sexta-feira, Marcos Antonio Ramon foi ouvido e confessou ter matado Ana Paula. Segundo ele, no entanto, não foi a mando de Wagner. Conforme a versão de Marcos, ele estava precisando de dinheiro e queria ocupar o lugar de Wagner como diretor do clube Sociedade Morgenau. Por isso, teria matado a ex-esposa de Wagner para incriminá-lo e afastá-lo do clube.

No início da tarde desta sexta-feira, acusação e defesa fazem os debates e considerações finais. A sentença dos réus deve sair ainda nesta sexta, com a decisão dos jurados.

Acusações do Ministério Público do Paraná

O Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou Wagner, apontado como mandante do crime, por homicídio com as qualificadoras de feminicídio, motivo torpe e mediante paga – segundo as investigações, Wagner teria pago R$ 38 mil para que o amigo, Marcos, matasse a vítima. Segundo a denúncia, Wagner não aceitava o novo relacionamento da ex-esposa, com uma mulher.

Já Marcos, apontado como atirador, é acusado pelos mesmos crimes de Wagner e também por fraude processual. Ainda, um terceiro réu, Felipe Rodrigues Wada, é acusado de fraude processual, mas está solto. Segundo as investigações, ele teria apagado mensagens dos celulares de Wagner e Marcos. No entanto, Felipe não será julgado agora e aguarda decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).