Homem é denunciado por matar ex a tiros por não aceitar fim do relacionamento

Horas antes do crime, a vítima havia registrado um boletim de ocorrência contra o ex-companheiro e se escondeu na casa de amigos

Publicado em 5 set 2024, às 13h24.

Cassiani de Moura Ricci, de 35 anos, foi morta pelo ex-companheiro horas após registrar o boletim de ocorrência. Conforme o Ministério Público do Paraná (MPPR), o crime ocorreu no dia 19 de agosto deste ano, em Paranavaí, Noroeste do estado. De acordo com o MPPR, o homem foi denunciado por matar a ex a tiros.

A vítima registrou um boletim de ocorrência contra o suspeito horas antes do crime (Foto: reprodução/Facebook Cassiani Ricci)

Segundo as investigações, o crime ocorreu logo depois de Cassiane comunicar que queria terminar o relacionamento com o suspeito. O homem a forçou a entrar em um carro com ele e saiu em alta velocidade rumo à saída da cidade. No percurso, ele ameaçou e agrediu a mulher, dizendo que não aceitava o fim da união. 

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Em seguida, Cassiane conseguiu fugir e foi até a Delegacia de Polícia de Alto Paraná, cidade vizinha, onde registrou boletim de ocorrência. Logo depois, ela foi para a casa de conhecidos, em Paranavaí, para se esconder do agressor.

O crime

Conforme a Promotoria, o homem tirou os sapatos para entrar no imóvel para não ser percebido e depois efetuou os disparos contra a vítima.

“O denunciado, ainda, valeu-se de recurso que dificultou a defesa da vítima, na medida em que chegou de forma inesperada na residência onde esta se encontrava, adentrou de forma sorrateira no quintal e avançou silenciosamente pelos fundos da casa, tendo inclusive tirado as botas para não fazer barulho, e após penetrar no interior da casa pela porta dos fundos, com a arma em punho, surpreendeu com tiros a vítima no sofá da sala onde ela estava com os amigos […]. No momento, a vítima conversava com alguém pelo telefone, quando o denunciado chegou de surpresa e apontou o revólver bem próximo ao rosto dela e efetuou os disparos”.

Logo depois do crime, o homem foi preso em flagrante e já teve a prisão preventiva decretada pelo Judiciário. Na denúncia são relatados cinco fatos criminosos, o MPPR sustenta a prática de homicídio qualificado por feminicídio, motivo torpe e com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Também requer a condenação do requerido por sequestro, ameaça, lesão corporal e furto. 

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