Justiça determina a prisão de ex-diretor da Petrobras Renato Duque

Ex-dirigente da estatal chegou a cumprir pena de cinco anos em Curitiba antes de ser solto e monitorado por tornozeleira eletônica

Publicado em 18 jul 2024, às 14h33. Atualizado às 14h47.

A Justiça Federal da 4ª Região decretou nesta quinta-feira (18) a prisão do ex-diretor da Petrobras Renato Duque, que foi condenado durante a Operação Lava Jato. A decisão da 12ª Vara Federal de Curitiba derruba as medidas cautelares anteriormente impostas, entre elas a que concedeu liberdade da prisão com o uso de tornozeleira eletrônica.

Justiça federal determina a prisão Renato Duque, ex-diretor da Petrobras condenado pela Operação Lava Jato
Renato Duque já cumpriu cinco anos de prisão em Curitiba (Foto: André Dusek / Estadão Conteúdo)

A informação foi inicialmente divulgada pelo Portal G1 e posteriormente confirmada para RICtv. Duque foi condenado a uma pena total de 127 anos e 6 meses de prisão em uma série de julgamentos da operação conduzida pelo ex-juiz e atual senador Sergio Moro. Ainda não há a informação se o mandado de prisão já foi cumprido.

Ele foi preso em fevereiro de 2015 e cumpriu pouco mais de cinco anos da pena no Paraná, antes de ser solto em março de 2020. Agora, segundo a decisão da Justiça, Duque terá que cumprir pena de 32 anos de prisão, em regime fechado. Como anteriormente a decisão judicial afirmava que essa pena seria de 98 anos, agora a Justiça expedirá uma nova ordem de prisão corrigindo a informação.

Ex-diretor da Petrobras foi condenado diversas vezes pela Lava Jato

Renato Duque foi condenado pelos crimes de corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro em vários desdobramentos da Operação Lava Jato. Apesar de não ser delator, Duque chegou a confessar crimes. Eles envolviam suposta operação de propinas ao PT, e à alta cúpula do partido.

Ele foi um dos primeiros alvos do alto escalão da Petrobras na Operação Lava Jato. Entre as penas do ex-executivo da estatal estão as que envolviam o núcleo da Engevix (21 anos e 4 meses), e dos marqueteiros petistas João Santana e Mônica Moura (3 anos, 8 meses e 13 dias). Além delas, os casos envolvendo a Odebrecht (16 anos e 7 meses) e o grupo de José Dirceu (6 anos e 8 meses). Duque também foi condenado no caso envolvendo a Andrade Gutierrez (28 anos, 5 meses e 10 dias) e em uma ação com outros operadores de propinas (43 anos e 9 meses).

Quer receber notícias no seu celular? Então entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui