Justiça marca primeira audiência do assassinato do tesoureiro do PT no Paraná
A primeira audiência de instrução e julgamento, referente ao assassinado do tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, foi marcada para o dia 14 de setembro. A sessão deve começar às 13h30, com a possibilidade de ser continuada no dia seguinte, conforme o tempo que levar cada oitiva, incluindo a do réu, o agente penal federal Jorge Guaranho.
Devem ser ouvidas as testemunhas de acusação, de defesa, os peritos que analisaram o crime e, por último Guaranho, que matou Marcelo a tiros no dia 9 de julho, por uma suposta divergência política. Pelo menos duas testemunhas devem ser ouvidas por carta precatória, pois moram em Magé (RJ).
A defesa de Guaranho ainda não informou se ele vai acompanhar a audiência presencial ou virtualmente. Ele está preso no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.
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Outro pedido do juiz foi que os peritos do Instituto de Criminalística informem quando devem terminar a perícia no aparelho celular de Guaranho e apresentem o laudo. Informações extra-oficiais dão conta que esta perícia pode terminar esta semana.
Relembre o caso do tesoureiro do PT
Marcelo comemorava seu aniversário no salão de festas de uma associação de Foz do Iguaçu. O tema da festa era Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT). Guaranho foi ao local uma primeira vez, houve um princípio de bate-boca e ele foi embora.
Depois Guaranho voltou e já foi atirando em Marcelo, que revidou e também baleou o agente penal. Marcelo morreu logo em seguida. Guaranho foi socorrido e sobreviveu. Ele ainda está sob cuidados médicos e precisa da ajuda de enfermeiros para quase tudo.
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A defesa dele já pediu duas vezes à Justiça que a prisão preventiva fosse revertida para prisão domiciliar, o que foi negado pela Justiça. Guaranho chegou a ir brevemente, por dois dias, para prisão domiciliar. Mas conforme o juíz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3.ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, foi por falta de opção, pois o único presídio paranaense com estrutura médica para atender o preso, o CMP, havia declarado que não tinha estrutura técnica e humana para atender o paciente.
Dois dias depois, a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp) se manifestou nos autos do processo, dizendo que o CMP estava passando por reformulações e que tinha equipe médica e de enfermagem para atender as necessidades do réu. Com isto, ele foi transferido da prisão domicliar em sua casa, em Foz do Iguaçu, para o CMP, em Pinhais, no dia 13 de agosto.