Justiça suspende contrato de R$ 11 milhões da Prefeitura de Imbaú com empresa de frota

Promotoria acusa prefeita de improbidade e pede perda de mandato, suspensão de direitos e multa

Fala, Marc!

por Marc Sousa
Publicado em 18 set 2024, às 12h23.

A Justiça do Paraná suspendeu o contrato no valor de R$ 11 milhões feito pela Prefeitura de Imbaú, nos Campos Gerais do Paraná, com uma empresa de gestão de frota. A coluna adiantou que o Ministério Público do Paraná entrou com uma ação de improbidade administrativa contra a prefeita Dayane Sovinski Rodrigues.

Justiça suspende contrato de R$ 11 milhões da Prefeitura de Imbaú com empresa de frota
MP pediu também que a prefeita seja condenada a perder o mandato (Foto: Nelson Martins/SECID-PR)

A promotoria pediu também a perda do mandato da prefeita, suspensão de direitos políticos e pagamento de multa. Até o momento, o judiciário concedeu apenas a liminar de suspensão do contrato firmado com a empresa.

O promotor Leandro Suriani Masão Gobi entendeu que Dayane contratou uma empresa para a gestão das frotas municipais pelo valor de R$ 11 milhões, causando prejuízo aos cofres do município.
Além disso, Gobi acusa a empresa contratada de praticar “ atos lesivos ao Município de Imbaú, atentando-se contra o patrimônio público municipal e contra os princípios da Administração Pública, incidindo, portanto, na hipótese de corrupção”.

A ação cita que o lance final feito pela empresa na licitação foi de R$ 8 milhões, porém, durante o processo final de contratação, o valor foi de R$ 11 milhões. O promotor disse também que não há descrição do valor de cada um dos serviços ofertados pela contratada, não havendo possibilidade de conferência se os valores estão dentro do valor de mercado.

Durante o processo, o promotor citou também que a mesma empresa foi contratada pelo município de Wenceslau Braz, em 2022, pelo valor de R$ 400 mil, para prestação de serviços por 90 dias. “Apesar do período da contratação ser menor, o preço foi demasiadamente inferior, sendo que, ao se fazer um cálculo básico de proporção, o valor da contratação por 12 (doze) meses não poderia ser superior à R$ 1.600.000,00 (um milhão e seiscentos mil reais)”, defendeu Gobi.

O que diz a Prefeitura de Imbaú?

Em nota encaminhada para a coluna, a Prefeitura de Imbaú disse que ainda não teve conhecimento da ação, mas que observa a legalidade em todos os atos. Veja na íntegra:

“O município não teve ainda conhecimento da ação, mas assegura que observa a legalidade em todos os seus atos.Tão logo tenha ciência, providenciará a defesa e poderá se manifestar sobre o teor de qualquer decisão judicial que eventualmente possa ter sido tomada”, disse a nota.

Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui