Médicos e prefeitura são condenados por morte de bebê em 2013 no Paraná

Na época da morte, a bebê Alhandra tinha 10 meses. Os médicos foram condenados por homicídio culposo

Publicado em 11 jun 2024, às 18h47. Atualizado às 22h26.

A Prefeitura de Maringá, no Noroeste do Paraná, e dois médicos da cidade, Evandro Luiz Felipe e Fabiana da Silva Saenger, foram condenados em segunda instância por homicídio culposo pela morte da bebê Alhandra, em 2013. A causa da morte foi hemorragia pulmonar, choque séptico, pneumonia com derrame pleural, gastroemerite e choque hipovolêmico.

Médicos são condenados por morte de bebê seis anos depois em Maringá
Na época da morte, a bebê Alhandra tinha 10 meses (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

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A decisão diz que a conduta dos médicos foi negligente pois não evoluíram o prontuário médico de Alhandra, que na época tinha 10 meses. “É evidente que era necessário a existência de informações precisas quanto à evolução do quadro e condutas adotadas no atendimento médico da vítima, sendo cabal a negligência na conduta dos denunciados”, é o que diz a decisão.

Desse modo, os médicos de Maringá denunciados foram condenados a pagar R$ 100 mil cada um para os pais da criança, além de pensão mensal.

Relembre a morte de Alhandra

Conforme consta na decisão da condenação dos médicos, Alhandra foi levada com febre à Unidade Básica de Saúde (UBS) pelos pais, no dia 5 de abril de 2013. No mesmo dia, a paciente foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Norte de Maringá e teve alta após exames.

Médicos são condenados por morte de bebê seis anos depois em Maringá
Alhandra foi para a UTI do Hospital Municipal de Maringá e morreu com 10 meses (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

No dia 8 de abril, a bebê retornou à UBS com novo quadro de febre, dessa vez com diarreia e vômito, e foi novamente encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Norte de Maringá. Alhandra permaneceu na UPA e foi atendida por Evandro Luiz Felippe e, segundo o documento da decisão da condenação, a bebê foi diagnosticada com desidratação e “deveria ter sido submetida, de maneira insistente, ao procedimento de hidratação vigorosa com acesso endovenoso (EV) ou até mesmo acesso venoso periférico (AVP), o que não ocorreu”.

No dia seguinte, a médica Fabiana da Silva Saenger, atendeu Alhandra. “Quanto ao atendimento prestado pela referida médica, a perícia atestou que não foi realizada a devida avaliação da paciente e, mesmo assim, foi determinada a transferência para o Hospital Municipal de Maringá, que é de baixa complexidade”, de acordo com o documento.

No Hospital Municipal a bebê foi transferida em estado grave para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), onde veio a óbito.

ERRATA: o portal RIC.com.br noticiou anteriormente deixando a entender que a condenação contra os médicos e a Prefeitura de Maringá em segunda instância havia acontecido seis anos depois da morte da bebê. No entanto, a condenação em segunda instância ocorreu depois de 11 anos. Já em 2019, seis anos depois da morte da criança, aconteceu a condenação em primeira instância.

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