Ministério Público apresenta recurso contra soltura de Alexandre Nardoni
Promotoria quer que réu volte a cumprir pena no regime semiaberto
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) entrou com recurso contra a decisão que concedeu a Alexandre Nardoni a progressão para o regime aberto. Nardoni, preso pelo assassinato da filha Isabella, foi liberado da prisão na segunda-feira (6) e passou a cumprir o restante da pena em casa.
Contrário à soltura, o MPSP entrou com recurso de agravo de execução, alegando que o réu não comprovou nos autos, de forma cabal, que não representa perigo para a sociedade. O recurso foi impetrado no Juízo do Departamento Estadual de Execução Criminal da 9ª Região Administrativa Judiciária, com sede em São José dos Campos.
No recurso, entre outros pontos, o MPSP considera que Nardoni praticou crime hediondo bárbaro ao matar a filha de 5 anos, demonstrou frieza emocional, insensibilidade acentuada, caráter manifestamente dissimulado e ausência de arrependimento. O documento cita ainda indicação psiquiátrica de que o réu possui “impulsividade latente”, além de exibir elementos de transtorno de personalidade.
Além disso, o Ministério Público argumentou pela sustação da progressão ao regime aberto, com manutenção de Nardoni em regime intermediário (semiaberto). O MPSP solicita também que o réu passe por exame psiquiátrico profundo e conclusivo, capaz de averiguar possível transtorno de personalidade e a possibilidade de progressão para o regime aberto.
O Ministério Público ajuizou ainda uma medida cautelar para que o Tribunal de Justiça determine o imediato retorno de Nardoni ao regime semiaberto até o julgamento do recurso.
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