Motorista que dirigiu alcoolizada e matou duas pessoas é condenada a 7 anos de prisão

por Isadora Deip
com informações da RICtv e supervisão de Giselle Ulbrich
Publicado em 17 maio 2022, às 20h45. Atualizado às 20h46.

Daiane Cristina Freire, de 40 anos, foi condenada a sete anos, seis meses e doze dias de prisão, em regime semiaberto, por dirigir alcoolizada e matar Jean Goulart Camargo, de 26 anos, e Eliede Santos Oliveira, de 42. A decisão veio após um julgamento de mais de sete horas, nesta terça-feira (17). O crime aconteceu no dia 1.º maio de 2018 em Londrina, no norte do Paraná.

Em plenário, o promotor de justiça pediu a condenação de Daiane por crime de homicídio simples, por dolo eventual, enquanto a defesa da acusada sustentou a tese do crime culposo.

Família de Jean pede justiça

Amigos e familiares de Jean e de Eliede deixaram cartazes em frente ao fórum em que ocorreu o julgamento. Em entrevista ao repórter Rafael Machado, da RICtv, a família de Jean fala sobre o sofrimento da família durante estes quatro anos, desde que o crime ocorreu.

“Eu queria que tivesse a justiça, queria que ela fosse presa, só que trazer meu irmão de volta não vai trazer. Pelo menos vai aliviar um pouco, vai curar um pouco o buraco que está dentro da gente”,

conta o irmão de Jean, Murilo Goulart.

A mãe de Jean, Suzete Goulart, relata que Daiane nunca entrou em contato com a família.

“Ela passa perto da gente com a cabeça erguida. Sabe quando você atropela um cachorro? Foi isso aí, foi a mesma coisa de ter atropelado um cachorro e deixado lá”,

explica.

Suzete ainda conta que ela e toda a família fazem tratamento para a depressão desde a morte de Jean.

Relembre o crime

Jean e Eliede estavam parados no semáforo da Avenida 10 de Dezembro, em Londrina, quando Daiane, que dirigia embriagada a mais de 80 quilômetros por hora, atingiu a moto em que as vítimas estavam. Ambos foram arremessados a uma distância de 30 metros e morreram no local.

Apesar de embriagada e presa em flagrante, a mulher foi solta três dias depois, após pagar fiança.

Depois de uma longa luta na justiça e protestos em frente ao Fórum, as famílias das vítimas conseguiram que Daiane fosse a júri popular.

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