MP investiga superfaturamento em show do Raça Negra realizado pela Prefeitura de Maringá

Publicado em 20 jan 2023, às 11h02. Atualizado às 11h11.

O Ministério Público do Paraná (MPPR) apura indícios de superfaturamento na contratação do grupo Raça Negra pela Prefeitura de Maringá. Um inquérito civil público foi instaurado e a promotoria iniciou as investigações.

O grupo de pagode, famoso principalmente nos anos 1990, realizou um show no último Réveillon em Maringá. A prefeitura pagou R$ 550 mil para a contratação da apresentação.

De acordo com a denúncia feita ao MPPR pela vereadora Cris Lauer (PSC), outros contratos assinados com a banda para outras prefeituras tiveram custos menores do que o valor pago pela administração municipal de Maringá. Alguns contratos teriam inclusive valor pouco acima da metade do que foi pago pela administração maringaense.

O promotor Leonardo da Silva Vilhena, da 20ª Promotoria de Justiça de Maringá, aceitou a denúncia e instaurou inquérito para apurar a situação. Em nota, a Prefeitura de Maringá afirmou que já foi acionada pelo Ministério Público para o envio de documentos referentes ao caso. A administração reforça ainda que “enviará toda a documentação solicitada, assim como faz em todas as oportunidades em que os órgãos de controle solicitam documentos para a gestão”.

A nota segue, destacando que a prefeitura “contratou a maior estrutura de show do grupo Raça Negra. O valor do cachê engloba as passagens aéreas e diárias de alimentação de 32 pessoas do Raça Negra, incluindo banda, produção, dançarinos, músicos de apoio, técnicos de som e luz, entre outros. O valor previsto no contrato corresponde ao valor de mercado, considerando que os preços de shows de músicos de renome nacional aumentam na Virada do Ano”.