MP investiga vereador por 'furar' fila de exames do SUS no Paraná

Ministério Público cumpriu mandados de busca e apreensão para coletar provas de utilização de cargo público para favorecer pacientes

Publicado em 5 nov 2024, às 10h56.

O Ministério Público do Paraná (MPPR) cumpriu, nesta terça-feira (5), três mandados de busca e apreensão em investigação sobre possível uso de cargo público de um vereador para burlar a fila de exames da Secretaria de Saúde de Cornélio Procópio, no norte do Paraná. Os mandados foram cumpridos pela por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Cornélio Procópio e pelo Núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

O Ministério Público do Paraná (MPPR) cumpriu, nesta terça-feira (5), três mandados de busca e apreensão em investigação sobre possível uso de cargo público de um vereador para burlar a fila de exames da Secretaria de Saúde de Cornélio Procópio, no norte do Paraná. Os mandados foram cumpridos pela por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Cornélio Procópio e pelo Núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Vereador teria utilizado o cargo para promoção pessoal (Foto: MPPR)

Conforme o MP, a ação tem como objetivo aprofundar a investigação sobre possível prática de ato de improbidade administrativa com vistas à promoção pessoal e política do vereador. Ele teria utilizado do cargo para fazer com que pacientes do SUS furassem a fila para realizar exames, buscando garantir votos nas eleições futuras. As ordens judiciais foram cumpridas nas residências do vereador e de uma assessora, e no gabinete do parlamentar na Câmara Municipal.

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De acordo com o promotor Erinton Cristiano Dalmaso, o vereador é investigado devido à personalização de serviços dos órgãos públicos de saúde, em prejuízo à coletividade.

“O objetivo era buscar e aprender provas relativas a prática conhecida como ‘Fura Fila’ do SUS, no sentido de que esse vereador engendrou ali uma forma de conseguir angariar alguns pacientes e, como tal, conseguir acelerar a obtenção de consultas e exames. Foi possível aprender diversos documentos que comprovam a prática do ilícito, além de telefones celulares que serão encaminhados à perícia”, explicou o promotor.

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