Pai de PM esquartejado pela esposa lamenta ausência em júri: "Queria ela saindo dentro de um camburão"
Após a condenação de Ellen Homiak da Silva Federizzi pela morte do marido, o policial militar Rodrigo Federizzi, os familiares da vítima relataram que o resultado do júri popular trouxe o sentimento de justiça. Porém, nesta segunda-feira (11), o pai de Rodrigo, Gentil Federizzi, lamentou que Ellen não tenha comparecido presencialmente ao Tribunal do Júri de Curitiba. A mulher entrou com um pedido para participar virtualmente da sessão na última sexta-feira (8), alegando que estava sendo ameaçada.
Gentil afirmou que gostaria de ver Ellen saindo da sessão em um camburão, indo para a penitenciária. A acusada respondia em liberdade pela morte da marido desde 2020. Durante a sessão, a mãe de Ellen acabou revelando que a filha estava morando em Minas Gerais, o que gerou um pedido do promotor do caso pela prisão imediata da mulher. Com a condenação de 24 anos, 6 meses e 29 dias, Ellen deve ser presa novamente nos próximos dias, desta vez para cumprimento da pena pelo homicídio de Rodrigo com as qualificadoras de motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima, e também por ocultação de cadáver.
“É muito decepcionante pra gente, eu queria que todo mundo visse ela saindo daqui, vocês filmando ela saindo dentro de um camburão da polícia indo pra penitenciária”,
desabafou Gentil.
Apesar de não ter presenciado a cena de encerramento, o pai de Rodrigo afirmou que a sensação é de “justiça cumprida”.
“Infelizmente meu filho não volta mais. Mas a gente hoje tem uma sensação de justiça cumprida. Eu sempre falei que para tudo tem um jeito, menos para o que ela fez. Se ela tivesse na época chegado e falado ‘estamos com dificuldade financeira, eu consumi com o dinheiro’, a gente teria dado um jeito e revertido essa situação. Infelizmente ela fez tudo de caso premeditado”,
contou o pai da vítima.
Mulher mata, esquarteja e coloca corpo do marido em mala
O crime ocorreu no dia 28 de julho de 2016 no apartamento do casal, no bairro Tatuquara, em Curitiba. Ellen usou a arma da Polícia Militar, que estava em uso pelo marido, para matá-lo com um tiro nas costas. O filho do casal, na época com 9 anos, contou que acordou assustado, pensando que o pai tinha matado a mãe ou vice-versa. Foi quando a mãe o mandou brincar no parquinho do condomínio.
Este foi o momento que Ellen usou para cortar o corpo do marido. E ainda confessou que quando chegou no osso, ela não sabia o que fazer. Então além de usar uma faca de caça de Rodrigo, para cortar o corpo, usou um serrote para desmembrar os ossos. Depois ela colocou as partes do corpo em uma mala e o restante em sacos plásticos. Levou até a área rural de Araucária e enterrou em covas rasas por lá.
Para disfarçar o crime, dois dias depois, em 30 de julho, Ellen registrou um boletim de ocorrência pelo desaparecimento de Rodrigo. Conforme o relato da mulher, Rodrigo havia saído de casa para investigar pessoas que teriam roubado cerca de R$ 50 mil das contas do casal e não voltou.
Na realidade, o motivo da discussão do casal, que estava junto há 15 anos, era a cobrança do marido para que ela explicasse como gastou R$ 46 mil que estava na conta do casal. Quando esta verdade veio à tona, a suspeita alegou que era viciada em jogos de azar e era compradora compulsiva.
Ela chegou a ficar presa de 2016 até fevereiro de 2020, quando ganhou o direito de responder em liberdade.