PCPR pede que delegado que recebia salário preso seja demitido
O delegado Erik Wermelinger Busetti foi condenado a quase 40 anos de cadeia, mas ainda não foi demitido pela PCPR
Após análise da Corregedoria da Polícia Civil do Paraná (PCPR), o órgão solicitou que o delegado que estava recebendo salário preso seja demitido. Durante os quatro anos na cadeia, Erik Wermelinger Busetti recebeu R$ 1,3 milhão.
De acordo com a apuração exclusiva do jornalista Pedro Neto, da RICtv, Busetti continuou recebendo seus salários em dia desde que foi preso, em março de 2020. Desde então, a PCPR estaria analisando se o delegado deveria ser mantido na corporação ou demitido.
A PCPR pediu a demissão de Erik Busetti pelo “bem da ordem pública”. Agora, a decisão passa ao Governo do Paraná, que decidirá se o delegado realmente será demitido.
Entenda o caso do delegado que pode ser demitido
O delegado Erik Wermelinger Busetti, condenado por matar a esposa e a enteada, continua recebendo salário desde a época do crime. O caso aconteceu em março de 2020, em Curitiba.
De acordo com a apuração do Cidade Alerta Curitiba, o delegado Erik Busetti já recebeu R$ 1,3 milhão desde que foi preso em 2020. Ao todo, ele foi condenado a 38 anos, 10 meses e 18 dias pelo crime de feminicídio.
O homem foi condenado pela morte da enteada, de 16 anos, e da esposa na casa em que moravam na capital paranaense. Maritza Guimarães de Souza e Ana Carolina de Souza foram encontradas mortas pelo Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate).
Relembre o crime cometido por delegado condenado que ainda recebe salário, que agora pode ser demitido:
O crime aconteceu em 4 de março de 2020. Conforme as investigações, após cerca de dez anos de união, Erik e Maritza estavam em processo de separação, mas o marido não aceitava a situação. O delegado e a policial ainda moravam juntos e, antes do fato, discutiram por pelo menos três horas.
A polícia também verificou que Maritza tentou fazer as malas, indicando que sairia de casa. Após a mulher ir para a saída da residência, Erik bateu na porta do quarto de Ana, e logo após a adolescente abrir é agredida com chutes e tapas. Maritza volta para tentar defender a filha e. neste momento. as duas são baleadas e caem abraçadas no chão.
A ação aconteceu enquanto a filha do casal, de 9 anos, dormia em outro cômodo. Depois, Busetti deixou a criança com uma vizinha e pediu que a filha ligasse para a Polícia Militar. A equipe do Siate encontrou as vítimas sem vida no local do crime e Erik foi preso em flagrante.
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