Procuradoria pede investigação de manifestantes por atos antidemocráticos na Alep

O procurador-geral pede que um delegado seja designado para a investigação de manifestantes na Alep, por supostos atos antidemocráticos

por Guilherme Fortunato
com informações de Brayan Valêncio
Publicado em 13 jun 2024, às 16h49.

O procurador-geral do Paraná, Luciano Borges dos Santos, solicitou nesta quinta-feira (13) que os manifestantes que invadiram o prédio da Assembleia Legislativa do Estado (Alep) sejam investigados em inquérito policial por supostas condutas antidemocráticas.

PGE pediu investigação de manifestantes da Aleo por atos antidemocráticos
Manifestantes que invadiram a Alep serão investigados (Foto: Divulgação / Alep)

Segundo o procurador, é possível comprovar que o APP Sindicato estava ciente de cada ação, desde a manutenção da greve mesmo com a decisão judicial proibindo a paralisação e até a convocação dos professores para o centro cívico, no dia da invasão da Alep.

Além disso, o procurador-geral demonstra em outro trecho do documento que durante a noite do dia 3 de junho, a APP comunicou nas redes sociais a manutenção da greve, demonstrando desobediência à ordem judicial. O documento apresenta também uma postagem nas redes sociais do sindicato em que está escrito: “a greve continua”.

Portanto, Luciano Borges dos Santos pede que um delegado da Polícia Civil seja designado para apurar os fatos praticados pelos manifestantes, que tentaram impedir o exercício dos poderes constitucionais na assembleia.

Envio de vídeo pela Seed contra greve dos professores é investigado

Em paralelo, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) abriu um procedimento para apurar a produção e o envio de vídeo contrário à greve de professores para pais de alunos da rede estadual. A investigação preliminar será conduzida pela 5ª Promotoria de Justiça de Proteção ao Patrimônio Público de Curitiba.

O procedimento vai buscar informações relacionadas à produção e ao envio, no âmbito da Secretaria de Estado da Educação (Seed), de vídeo encaminhado a pais de alunos da rede estadual de ensino. O vídeo em questão menciona manifestações repletas de violência, e que os estudantes estariam em risco por conta da paralisação dos docentes, que ocorreu entre os dias 3 e 6 de junho.

O material foi disparado pelo número de telefone celular utilizado pela Seed para a comunicação com os pais dos alunos. Segundo a APP-Sindicato, entidade que representa os professores, o envio do vídeo ocorreu nos dias 28 de maio, quando a greve foi anunciada pela categoria, e no dia 1º de junho, dois dias antes do início da mobilização.

Seed informa que investiga o envio do vídeo

A princípio, a Seed negou que o vídeo tivesse sido disparado pela pasta. Porém, em um posicionamento posterior, a secretaria admitiu o disparo do vídeo, e informou que iria abrir uma sindicância para apurar a ocorrência.

Por meio de nota, enviada ao Jornal da Manhã, a Seed informou que aguarda a notificação oficial do MPPR. A pasta ainda diz que a secretaria está apurando administrativamente os fatos questionados, e que o processo de apuração tem um prazo aproximado de 30 dias para a conclusão.

A APP-Sindicato informou que o jurídico da instituição está tomando providências para fazer uma representação de todas as práticas antissindicais.

Grupo RIC procurou a APP Sindicato

Após o pedido de inquérito do procurador-geral, o Grupo RIC procurou a APP Sindicato para comentar sobre a decisão, mas ainda não teve retorno.

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