Vice presidente da Argentina, Cristina Kirchner é condenada a 6 anos de prisão
A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foi condenada a seis anos de prisão pelo crime de corrupção na tarde desta terça-feira (6). A acusação a que ela responde é por chefiar uma organização criminosa, que desviou dinheiro público.
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Apesar de condenada, a vice-presidente não será presa porque tem foro privilegiado. Ainda, pelas leis argentinas, ela também pode se candidatar a um terceiro mandato, mesmo com uma condenação em primeira instância, além de poder recorrer da sentença até chegar ao Supremo Tribunal Federal argentino.
Crimes de Cristina Kirchner
Kirchner, presidente entre 2007 e 2015, enfrenta acusações por corrupção na concessão de obras públicas durante seu governo. Ela nega as acusações, disse que é perseguição política e chamou o tribunal de “pelotão de fuzilamento”.
Os promotores alegam que os contratos de obras públicas foram entregues a um empresário aliado de Kirchner, que então canalizou o dinheiro de volta para ela e seu falecido marido, Néstor Kirchner, também ex-presidente.
“É evidente que haverá uma condenação”, disse Kirchner em entrevista à Folha de S. Paulo, publicada na segunda-feira (5). Ela alegou que suas garantias constitucionais foram violadas durante o processo.
Jogo político na Argentina
Uma sentença condenatória pode desencadear reações furiosas dos partidários de Kirchner em um país que atravessa uma longa crise econômica, com a inflação chegando a 100%, e onde muitos falam de uma forte polarização política entre esquerda e direita.
Também pode lançar uma sombra sobre o governo peronista do presidente Alberto Fernández, que enfrenta uma dura batalha para se reeleger contra uma oposição conservadora nas eleições gerais marcadas para o ano que vem.
(Reportagem de Nicolás Misculin / Buenos Aires / Reuters // informações sobre a condenação são um complemento de Giselle Ulbrich / Editora do portla RIC Mais)