Estiagem aumenta risco de racionamento de água no Paraná, diz SEDEST

Segundo a SEDEST as regiões que mais correm risco de sofrerem com o racionamento são a Norte, Noroeste e Nordeste do Paraná.

Publicado em 6 set 2024, às 19h08.

A estiagem que atinge o Paraná desde agosto pode provocar o retorno do racionamento de água no estado.

Estiagem aumenta risco de racionamento de água no Paraná, diz SEDEST
Estiagem deve se manter até pelo menos outubro no Paraná. (Foto: Denis Ferreira Netto/SEDEST)

O tema foi debatido nesta sexta-feira (6) em reunião emergencial do Fórum Paranaense de Comitês de Bacias Hidrográficas.

Desde a última quarta-feira (4), o Paraná está sob situação de emergência devido a estiagem.

“Eu acho que a gente nunca deve afastar a questão do racionamento. O que a gente tem que buscar é fazer uma prevenção para que isso não aconteça. Nós queremos postergar o máximo possível o racionamento. Temos um cenário que vai evoluir e ele vai ter que ter avaliações frequentes e sempre se atualizando a previsão do clima”, explica Everton Souza, secretário estadual de Desenvolvimento Sustentável.

Segundo a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (SEDEST) as regiões que mais correm risco de sofrerem com o racionamento são a Norte, Noroeste e Nordeste do Paraná.

Mas para o secretário da pasta, é importante que todos os paranaenses estejam atentos e promovam o uso racional de água.

“Situações que hoje são confortáveis podem modificar muito rapidamente. Todo mundo está acompanhando a questão das mudanças climáticas e dessas altas temperaturas que nós estamos tendo no inverno. Então é importante que a gente conscientize”, prossegue.

Leia também:

O diretor de Meio Ambiente da Sanepar, Julio Gonchorosky, também esteve presente na reunião e explicou como as autoridades têm classificado o risco de racionamento no Paraná.

“As críticas são aquelas que você está muito perto do limite de captação que atenda a qualidade ambiental dos rios, ou seja, mantém a sua qualidade ambiental e disponibilize água suficiente para as pessoas. As em alertas, é uma situação intermediária, mas que a gente está atento exatamente porque as previsões são de menos chuvas. E as normais são as que ainda atendem às condições medianas”, pontua.

Gonchorosky ainda citou que os dados fornecidos pelo Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) tem direcionado as ações da Sanepar e demais órgãos responsáveis pelo abastecimento de água.

“O Simepar nos traz um setembro bastante difícil, ou seja, de chuvas abaixo da média, normalizando a partir de outubro e novembro. Hoje temos um terço do Paraná em situação crítica, um terço em alerta e um terço em condições normais. Então, nesse momento, não há grandes municípios em rodízio, não há grandes problemas mais significativos para que possamos abastecer”, finalizou.

Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui!