Luiza Trajano participa da última rodada de lives no Movimento UMA

Publicado em 29 out 2020, às 17h53.

De acordo com a Rede Mulher Empreendedora (RME) as mulheres representam 52,2% dos empreendedores do país. Grande parte delas (53%) são mães, que optam por ter um negócio próprio para ter mais tempo para a maternidade. Os motivos mais comuns são a flexibilidade de horário, conciliar trabalho com a família, realizar um sonho e trabalhar por um propósito.

A última edição do levantamento da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizado com 49 nações, também ajuda a desenhar um retrato das empreendedoras brasileiras.  Conforme o levantamento, por precisarem conciliar a maternidade, os afazeres domésticos e o trabalho, há uma desistência maior das mulheres que se colocam à frente do próprio negócio na comparação com os homens. Enquanto eles dedicam, em média, 37,5 horas/ por mês à sua empresa, as mulheres trabalham 30,8 horas na gestão da sua organização.

Para Luciana Burko, presidente da Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios (CMEG), certamente, uma das barreiras para as mulheres que desejam empreender é administrar o tempo. “Há uma glamourização do empreendedorismo em relação à flexibilidade. Mas, na realidade, empreender exige muita disciplina para driblar o perfil multitarefas da mulher, que pode atrapalhar na condução do negócio. O público feminino carrega o instinto maternal e a mulher é cuidadora por natureza. Estar à frente da família, dos cuidados com os filhos e do próprio empreendimento sobrecarrega o seu dia a dia. Daí a importância de prestar muita atenção na gestão do tempo”, diz.

Outra dificuldade que permeia o empreender feminino é a síndrome da impostora. Esse termo, emprestado da psicologia, se refere a um padrão de comportamento no qual as pessoas duvidam de suas competências e de suas realizações e têm um medo persistente de ser exposto como uma fraude. “A mulher precisa se posicionar enquanto empreendedora, se empoderar e acreditar no seu potencial agora que está à frente de um negócio. Notamos que as mulheres sofrem de autossabotagem quando sentem desconfiança em si mesmas na hora de fechar um negócio. Isso é uma herança do preconceito enraizado no mundo corporativo. Essa questão do posicionamento reflete no comportamento das mulheres que se acanham, deixam de expressar ou apresentar um projeto, mas por conta da insegurança e de falhas na comunicação. Elas precisam trabalhar a questão das habilidades como liderança: ter postura mais assertiva e aproveitarem melhor a criatividade, os dons e talentos que estão guardados e que precisam ser aflorados”, reflete Luciana.

Por fim, o empecilho no mercado de crédito é mais um obstáculo quando falamos de empreendedorismo feminino. “As mulheres são excelentes pagadoras, mas os juros são maiores para elas em relação aos homens”, destaca Luciana.

Iniciar um negócio com pouco ou quase nenhum dinheiro é a realidade de muitas brasileiras segundo o estudo da Rede Mulher Empreendedora (RME): 37% das duas mil mulheres ouvidas na pesquisa abriram o negócio sem nenhum recurso. Outras 17% recorreram ao dinheiro guardado na poupança e 13% ao próprio salário. Embora alarmante, o dado é a realidade de muitas mulheres empreendedoras. Principalmente pela falta de incentivo e de iniciativas para facilitar o ambiente empreendedor no Brasil.

Para inspirar as mulheres a se libertarem dessas amarras que acompanham o empreendedorismo feminino, o Movimento UMA promove um encontro com uma das maiores empresárias do Brasil. Luiza Helena Trajano comanda a Magazine Luiza, além de outras empresas integradas à sua holding. Quando assumiu os negócios da família, a Magazine Luiza era apenas uma rede de lojas no interior do estado de São Paulo. Com empenho e muito trabalho, Luiza Trajano transformou a marca em uma das maiores e mais conceituadas do mercado.

Há 25 anos à frente do grupo, a história de Luiza Trajano é um exemplo para todos os empreendedores que buscam sucesso em seus respectivos segmentos. Ela e Maria Fernanda Teixeira, Conselheira em empresas Nacionais e nos EUA, participam da live: “Conexão que influencia, influencia que transforma”. O evento será transmitido pelas redes sociais do Movimento UMA (insta: @movimentouma e facebook:/movimentoumabr), na próxima quinta-feira, dia 29 de outubro, às 19h.

Regina Arns, idealizadora do Movimento UMA e também Presidente do MEX Brasil, Diretora da Lapidus Network e líder do Núcleo Curitiba do Grupo Mulheres do Brasil, que foi fundado há 13 anos por Luiza Trajano, acredita que a live será uma oportunidade para quem comanda seu próprio negócio. “Luiza Helena Trajano é um nome que ficará registrado na história do país por muito tempo. Não apenas por ser a gigante empreendedora que é. Mas, também, por seus grande exemplo para toda a classe de empreendedores. Além de ter conquistado muitos prêmios, ela se destaca no papel de uma líder humana, que sempre investiu na motivação dos seus colaboradores e no investimento na inovação, que está no DNA da Magazine Luiza, graças a sua brilhante atuação na rede varejista. Durante a pandemia, colocou a marca no topo, como uma das mais lembradas do Brasil, ao criar ações para combater a violência doméstica e projetos de geração de renda para quem perdeu o emprego em razão da crise econômica. Luisa Trajano é uma personalidade inspiradora que têm muito a nos ensinar sobre a conexão com o consumidor, principalmente nesse momento em que a digitalização dos negócios ganhou força no mercado”, relata Regina.

Movimento UMA

O Movimento UMA – Movimento Integrado para o Empoderamento das Mulheres é fruto da união de várias líderes de grupos das mulheres e comandada pelo MEX Brasil – Espaço Mulheres Executivas – e Grupo Mulheres do Brasil. Todos os eventos estão sendo realizados de forma on-line para respeitar a medida de isolamento social, em virtude da pandemia da Covid-19. A programação completa está disponível no hotsite: www.movimentouma.com.br e encerra neste dia 29 de outubro.

O Movimento UMA conta com a participação ativa de grupos, entidades, organizações e empresas que desejam atuar no empoderamento feminino e trazer o tema para a agenda da sociedade e, sobretudo, estimular o desenvolvimento de soluções para os problemas que permeiam o cotidiano das mulheres. Ao lado de Regina Arns, Ana Rojas, executiva da Volvo, e Silvana Pampu, gerente de Recursos Humanos na Renault do Brasil.