Depois de pagers, walkie-talkies do Hezbollah explodem em redutos do grupo no Líbano

Pagers e walkie-talkies do grupo explodiram em dois dia seguindo. O grupo prometeu revidar Israel

Publicado em 18 set 2024, às 16h23.

Após um dia depois das explosões simultâneas de pagers usados pelo grupo xiita Hezbollah na última terça-feira (18), walkie-talkies usados por militantes do grupo também explodiram nesta quarta-feira (18), no Líbano.

 Israel não assume oficialmente a autoria dos ataques contra o Hezbollah, mas o grupo acredita que tenha vindos dos israelenses.
(Foto: Reuters/Mohamed Azakir)

A explosão ocorreu nos funerais de membros do Hezbollah, que foram mortos ontem. Ao todo, 12 pessoas morreram e 3 mil ficaram feridas. Outras explosões também foram registradas em outros lugares do país.

Segundo a agência Reuters, os walkie-talkies, assim como os pagers, tinham sido comprados cinco meses atrás. O Hezbollah evita se comunicar por celular por medo de espionagem por parte de Israel e historicamente recorre a dispositivos com tecnologias offline.

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Autoridades libanesas acreditam que a agência de espionagem israelense Mossad colocou explosivos dentro de pagers importados pelo Hezbollah meses antes das detonações. A agência tem um longo histórico de operações sofisticadas em outros territórios.

Mais cedo, o Hezbollah reivindicou seu primeiro ataque transfronteiriço desde a série de explosões de pagers, atingindo na tarde de quarta-feira o que disse serem posições de artilharia israelense com foguetes. O grupo disse que foi em resposta aos ataques israelenses no sul do Líbano.

A crise entre Israel e Hezbollah se agravou depois de que autoridades israelenses declararam na terça que a milícia xiita tinha se tornado um alvo da guerra desencadeada pelos ataques do Hamas em 7 de outubro. No mesmo dia, os ataques contra os pagers foram lançados.

O Hezbollah prometeu retaliar contra Israel, cujo Exército se recusou a comentar as explosões. Os dois lados estão envolvidos em guerras transfronteiriças desde o início do conflito em Gaza, em outubro do ano passado.

Autoridades americanas disseram na terça que não sabiam do plano para atacar o Hezbollah e Israel não assume oficialmente a autoria dos ataques.

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