Prejuízo milionário: o que se sabe sobre o roubo cinematográfico no Paraguai
Na madrugada do dia 5 de fevereiro, um grupo criminoso roubou os cofres da Associação dos Trabalhadores de Câmbio (ATC), no centro de Ciudad del Este, no Paraguai.
De acordo com o jornal paraguaio ABC Color, a ação já é considerada uma das maiores já registradas no país. Ainda não há um valor exato do valor roubado, mas calcula-se que o prejuízo seja de 16 milhões de dólares (cerca de R$ 80 milhões).
Segundo as primeiras investigações, membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) estariam por trás da ação criminosa.
O Modus Operandi
Grupo criminoso sabotou sistema de distribuição de energia
Momentos antes do assalto, uma interrupção no sistema de distribuição de energia da Administração Nacional de Eletricidade (ANDE) do Paraguai causou uma queda de energia que durou quase 22 horas, gerada intencionalmente pelo grupo para contribuir na invasão dos cofres. O local conta com alarmes e sensores anti sísmicos, mas que devido ao corte, não foi ativado.
Os investigadores identificaram um túnel de pelo menos 130 metros de extensão e com dimensão de 60 x 60 centímetros, escavado pelos criminosos dentro das instalações comerciais, no qual foi usado como acesso ao prédio da ATC.
Geólogos realizam a inspeção do túnel
O Comissário César Silgueiro, chefe da Diretoria de Investigações Policiais de Crimes, afirmou que devido à complexidade do caso, foi solicitada a intervenção de geólogos para realizar as fiscalizações e identificar o dia em que as escavações deram início.
Foi ordenada a evacuação nas proximidades da sede, devido à descoberta de explosivos dentro do túnel. A Diretoria de Polícia do Alto Paraná bloqueou as ruas e tomou as medidas de segurança.
Investigação
Em entrevista coletiva concedida por delegados de polícia, autoridades informaram que um cidadão paraguaio e um estrangeiro foram identificados e estão com mandados de prisão em aberto suspeitos de participarem do roubo cinematográfico. Um terceiro homem foi detido, mas não foram encontrados ‘elementos concretos’ que ligassem ao roubo.
O Ministério Público afirmou que embora apenas duas pessoas tenham sido identificadas, é “ilógico pensar que não haja mais envolvidos num acontecimento de tal magnitude”.
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